Resumo de Morte e Práticas Fúnebres na Secularizada República, de Mauro Dillmann
Entre nessa reflexão sobre como a morte, em meio à secularização, transforma as práticas fúnebres. Dillmann nos provoca a rir das despedidas e a refletir sobre a vida.
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se para entrar em um mundo onde a morte não é o fim, mas sim o começo de uma discussão bem mais prolongada! O livro Morte e Práticas Fúnebres na Secularizada República, escrito pelo sociólogo Mauro Dillmann, faz uma análise da morte e das práticas relacionadas a ela dentro do contexto da República Brasileira. E não, não estamos falando de uma festa do pijama onde o tema é Halloween, mas sim das complexidades sociais, culturais e religiosas que envolvem como lidamos com o nosso "último ato".
Dillmann começa desbravando como a morte, que antes era quase um tabu tratado em sussurros, agora é um assunto que gera debates à luz do dia, onde a secularização vem mudando as engrenagens da tradição. Com uma linguagem que mistura o acadêmico com toques de ironia, ele nos leva a questionar o que acontece com os rituais fúnebres após a crescente influência da razão e da ciência na sociedade. Ou seja, gravatas e flores podem ficar para depois, pois a morte agora tem outros rituais.
O autor parte do princípio que, quanto mais a sociedade se afasta das influências religiosas, mais as práticas de despedida precisam se reinventar. E assim, ele nos apresenta exemplos variados para mostrar como a secularização altera a forma como nos despedimos dos que se foram. O luto não é mais apenas um penar silencioso, mas uma performance social cheia de protocolos que podem ser bem diferentes dependendo da cultura ou da classe social da pessoa.
No louco caldeirão de eventos e práticas, Dillmann vai passando por coisas como o crescente uso de cremações e funerais personalizados (alguém pediu um funeral com a temática de Star Wars?!), até práticas inusitadas que fazem a sepultura parecer um mero detalhe. Assim, ele discute como a individualização das mortes e a personalização das despedidas refletem as mudanças nas relações sociais e familiares.
Com uma pitada de humor, o autor destaca que, mesmo em tempos rápidos e superficiais, a morte consegue fazer com que as pessoas se unam. Parece contraditório? Pois é! É um dos muitos paradoxos que fazem parte da vida e, claro, da morte. Dillmann ainda nos provoca a refletir se a forma com que celebramos a morte hoje não está, de certa forma, se tornando um espetáculo e não apenas uma despedida.
Ao longo das páginas, o leitor vai se deparar com dados e estudos que sustentam as reflexões do autor, mas sempre em um tom que não deixa a seriedade de lado. As práticas fúnebres são desmembradas e examinadas, explorando desde os rituais opulentos até a ausências de rituais, levando a uma série de questionamentos que, afinal, podem não ter resposta.
Ah, e para aqueles que estão se perguntando se há spoilers, bem, a morte é um fato universal e sempre estará no mesmo lugar, esperando por todos nós. Então, não se preocupe!
Se há uma mensagem que Morte e Práticas Fúnebres na Secularizada República nos deixa é que, embora nossa sociedade evolua e mude, a morte ainda é um tema que exige reflexão e, quem sabe, um toque de humor para aliviar a carga pesada que ela carrega. De rituais fúnebres a discussões sobre a luz no fim do túnel, Dillmann se estabelece como um guia nessa jornada por entre as sombras. Então, apertem os cintos e preparem-se para a última viagem, que não tem volta, mas vale muito a reflexão!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.