Resumo de O Martelo das Feiticeiras, de Heinrich Kramer e James Sprenger
Explore a história de O Martelo das Feiticeiras, uma obra sobre bruxaria, misoginia e superstições do século XV. Entenda o lado obscuro da humanidade.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, O Martelo das Feiticeiras! Este livro, feito por dois rapazes bem intencionados do século XV, Heinrich Kramer e James Sprenger, é como um manual de procedimentos para quem quer se meter em encrenca com uns feitiços e um pouco de bruxaria. E não, não é a receita de bolo que você esperava; aqui, o "bolo" é a caça às bruxas.
A obra é um verdadeiro kit de sobrevivência para os caçadores de feiticeiras, recheada de dicas, truques e, claro, uma cota generosa de misoginia. Os autores, com todo o cuidado do mundo, nos mostram como identificar bruxas - sim, porque a habilidade em reconhecer uma mulher que, por acaso, tenha uma inteligência acima da média é um talento semi-divino. São tantas dicas para procurar sinais de bruxaria que, se você não souber, pode acabar achando que sua avó, com suas ervas e chás, também é uma bruxa!
O livro é dividido em três partes principais, como um filme de ação: na primeira, os escritores tentam nos convencer de que a bruxaria é uma realidade e que há um exército de mulheres maquiavélicas por aí, tramando a queda da humanidade. O raciocínio lógico deles é algo de outro mundo: se uma mulher é mais esperta e resoluta, deve ter feito um pacto com o além.
Na segunda parte (a parte prática e direito penal da coisa), eles explicam como investigar e julgar essas "suspeitas" de bruxaria. Aqui, o leitor é agraciado com métodos de tortura - ah, a boa e velha técnica de confissão pela dor! Antes que você fique muito horroroso, é bom lembrar que isso é pura história (thank god), mas ajuda a entender que a lógica de alguns homens naqueles tempos era mais torta que um feitiço malfeito.
E para encerrar com chave de ouro, na terceira parte, os autores se sentem à vontade para explicar quais os castigos "apropriados" para as bruxas, que envolvem desde simples torturas até. bem, queimar na fogueira. Spoiler alert: essa última é bem popular e garantia de visualização na época!
O mais divertido, se é que podemos chamar assim, é que o livro também se destaca pela sua "autenticidade" - eles se apoiam em testemunhos (ou seriam boatos?) e em um conjunto de "evidências". A lógica deles é clara: qualquer mulher que tenha algum poder deve ser punida, porque, claro, mulheres não podem ser poderosas. O que isso nos diz sobre a sociedade da época? Quase nada, já que parece que alguns conceitos ainda teimam em permanecer até nos dias de hoje (olha o machismo aqui de novo!).
O Martelo das Feiticeiras é um convite a um passeio pela história da intolerância, e enquanto você lê, é como se estivesse assistindo a um filme de terror com uma pitada de comédia involuntária. Vem cá, quem precisa de bruxas, não é mesmo? Se você é uma mulher, supere-se ou seja queimada. Essa obra tenta nos ensinar com humor - ou pelo menos é o que eles pensavam que estavam fazendo.
Então, se você está afim de entender como a ignorância e a superstição podem provocar o lado obscuro da humanidade, este livro é uma perfeita viagem pela mente de dois homens do passado que acharam que a bruxaria era a responsável por todas as desgraceiras do mundo. E se você não tinha certeza sobre quem estava por trás disso, a resposta pode estar mais próxima do que você imagina. É isso aí, aproveite o passeio!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.