Resumo de Ensaio sobre a jukebox, de Peter Handke

Mergulhe na reflexão poética de Peter Handke sobre a jukebox e descubra como a música conecta memórias e sentimentos em meio à vida moderna.

Se você já se pegou pensando naquelas máquinas que tocam música em troca de algumas moedas e que, por incrível que pareça, podem sim ser mais filosóficas do que muita gente por aí, então você precisa conhecer Ensaio sobre a jukebox, do autor Peter Handke. Neste livro, nosso amigo Peter decide refletir sobre a vida, a música e, claro, o que mais poderia ser? As jukeboxes!

A obra é, de fato, uma verdadeira ode às pequenas maravilhas do cotidiano, essas que muitas vezes passam batido no turbilhão da vida moderna. Handke apresenta sua escrita como um sussurro suave que, na verdade, é um grito reflexivo sobre a solidão, o tempo e como a música pode nos conectar, mesmo que temporariamente, em momentos de happy hour solitário.

Logo de cara, você percebe que o autor não está aqui para fazer você rir, mas sim para fazer você pensar. Ele descreve a jukebox quase como um personagem entre seus personagens, cheia de histórias para contar e músicas para tocar, como se fosse um best-seller em forma de máquina. E sim, é curioso ver um autor se importar tanto com uma jukebox e menos com o dinheiro que escorre pelas mãos na madrugada! É mais ou menos como cuidar de uma planta carnívora: você realmente quer saber como ela se alimenta e o que a faz crescer, em vez de se preocupar se vai ter dinheiro para comprar ração.

Entre as reflexões de Handke, ele traz a ideia de que a jukebox é um símbolo da modernidade, onde as músicas escolhidas revelam muito sobre quem somos. Ah, e se alguém tiver dúvida, ele não faz diferença entre as faixas novas e as antigas. Para ele, traz à tona a questão do tempo: quando ouvimos uma música, seremos sempre aqueles jovens idealistas ou já estaremos de cabelos brancos refletindo sobre nossas vidas passadas? E se você tiver cabelos brancos, esse livro pode ser um bom consolo.

Dito isso, Ensaio sobre a jukebox não revela um enredo convencional. Não há uma história linear ou reviravoltas dignas de novela da tarde. É mais uma viagem interior, uma conversa íntima entre o autor e o leitor, onde as jukeboxes vão surgindo como os anfitriões dessa narrativa incomum. Ele fala de como a música pode provocar memórias e sentimentos, seja por meio de uma balada triste ou aquele rock que faz você querer dançar como se ninguém estivesse olhando (mesmo que sua mãe esteja por perto).

Caso você duvide do poder de uma jukebox numa festa de família, Handke já me garante que ela pode, sim, criar laços e até desviar a conversa de um "meu marido não sei o que" para "você já ouviu a nova do fulano?" Não podemos subestimar uma máquina que faz isso, não é mesmo?

Spoiler alert: o livro não acaba com a jukebox sendo desmontada ou algo assim. Na verdade, ele simplesmente nos deixa com uma sensação de que a vida é um pouco como uma escolha aleatória de músicas, e que, mesmo que a playlist da vida nem sempre faça sentido, há beleza em sua sucessão caótica.

Em suma, Ensaio sobre a jukebox é uma reflexão poética e filosófica sobre a simplicidade que podemos encontrar em meio à complexidade da vida. Então, se você tiver a oportunidade de dar uma volta pela jukebox da sua vida, não esqueça de deixar uma moedinha de consideração para o Handke, porque palavras como as dele, embora não sejam rock'n'roll, também merecem ser ouvidas.

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.