Resumo de O Manto, de Marcia Tiburi
Em 'O Manto', Marcia Tiburi mistura humor e crítica social em uma jornada existencial divertida e reflexiva. Prepare-se para rir e refletir!
domingo, 17 de novembro de 2024
Em O Manto, Marcia Tiburi tece uma trama que vai muito além de um simples enredo. Estamos diante de uma história que nos faz refletir sobre a vida e suas nuances, como se estivéssemos em um daqueles filmes dramáticos que você assiste três vezes e ainda assim não entendeu tudo. A autora, com o seu jeito peculiar, mistura elementos filosóficos e inquietações existenciais, enquanto nos apresenta personagens que poderiam muito bem ser seus vizinhos ou amigos de bar.
A narrativa gira em torno de Eduardo, um homem angustiado que tenta desbravar sua própria existência. Eduardo vive em um mundo onde a banalidade do dia a dia é tão opressora que parece sussurrar em seus ouvidos: "Ei, você não deveria estar trabalhando agora?" E assim, ele se perde em questionamentos profundos sobre o sentido da vida e a busca por significado - sim, aqueles tópicos que sempre surgem nas mesas de bar, junto com a cerveja e os aplicativos de relacionamento.
Como se não bastasse, temos a presença da narradora, que, como um amigo entediado, faz piadas enquanto narra a vida do protagonista. E ela não está lá só para fazer charme, mas para nos lembrar que a vida é, acima de tudo, cheia de reviravoltas. Enquanto você lê, sente que está em uma conversa jogada fora no sofá, onde tudo é permitido: críticas sociais mordazes, questionamentos sobre a moralidade e até aquela indecorosa insinuação sobre a política. Spoiler: a corrupção é mencionada, e não, não estamos falando só da política brasileira.
Eduardo, nessa jornada de autodescoberta, encontra uma série de personagens excêntricos que mais parecem ter saído de uma sitcom. Cada um deles representa um aspecto da sociedade que a autora critica, mas que não deixa de ser cômico em sua própria desgraça. Temos o filósofo do bar, que nunca conseguiu sair da teoria e vive se degladiando com o pragmático, aquele praticão que só pensa em dinheiro - o que nos leva a acreditar que discutir com certas pessoas é uma verdadeira batalha de egos.
Enquanto Eduardo navega por esse mar de personagens e suas filosofias, O Manto vai se desvelando como uma clamorosa e divertida crítica à sociedade contemporânea. Através de diálogos ágeis e muitas vezes bem-humorados, Marcia Tiburi nos oferece uma leitura que nos tira do sério e nos faz rir (ou chorar) de nós mesmos. E, antes que você se pergunte: sim, a autora tem um jeito de puxar a filosofia à força como se estivesse tentando fazer você engolir um livro de Schopenhauer com um copo de água.
Ao final, Eduardo pode não encontrar todas as respostas que tanto busca - e quem encontrará? - mas, com certeza, ele sairá mais rico em reflexões e mais leve, quem sabe, com um novo olhar sobre a complexidade da vida.
Então, fica a dica: se você se aventurar por O Manto, prepare-se para rir, refletir e, quem sabe, fazer aquele culto ao existencialismo em um canto qualquer da sua sala. E não esqueça: o manto da crítica está sempre lá, esperando para ser desfiado!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.