Resumo de Literatura brasileira: uma perspectiva histórica, de Ewerton Kaviski e Maria Luísa Carneiro Fumaneri

Mergulhe na rica história da literatura brasileira com Kaviski e Fumaneri. Descubra como os autores moldam nossa identidade e refletem a alma do Brasil.

Se tem uma coisa que a literatura brasileira sabe fazer é encher a gente de orgulho e, ao mesmo tempo, nos deixar confusos sobre o que é "literatura, afinal?" Neste livro, Literatura brasileira: uma perspectiva histórica, os autores Ewerton Kaviski e Maria Luísa Carneiro Fumaneri se propõem a dar uma verdadeira volta ao mundo da literatura tupiniquim mostrando suas nuances, cheiros, sabores e, claro, polêmicas.

Logo de cara, eles se jogam na linha do tempo, com uma narrativa que começa com o "descobrimento" do Brasil- porque, convenhamos, essa é a maneira mais dramática de dar início a qualquer história. Daí, a literatura colonial é apontada como uma grande xícara de café cheia de ambições, com as crônicas de viajantes e os relatos do cotidiano, e já dá pra sentir o cheiro do "dá licença que eu sou português, mas estou aqui fazendo literatura".

Chegando ao século XIX, os autores não se seguram e mergulham no romantismo- um verdadeiro desfile de poetas e prosadores com corações apaixonados e dramas de sobra. A obra de José de Alencar, por exemplo, é dissecada de forma que já imaginamos Alencar deitando na mesa de um consultório e analisando seus romances como se fossem seus próprios traumas de infância.

Mas não para por aí! A coisa fica ainda mais animada quando adentramos no modernismo, onde a liberdade criativa é a ordem do dia. Os autores fazem questão de explicar as inovações trazidas por Mário de Andrade e Manuel Bandeira, que, se vivessem hoje, seriam os influencers literários do momento. Eles balançaram a cadeira da tradição com um crítico "dane-se", propondo que a literatura deveria refletir a identidade nacional e, claro, alegrar um pouco os corações enraizados na melancolia brasileira.

E não se preocupem, porque a obra também dá uma passadinha pelo pós-modernismo, onde a literatura se torna um verdadeiro quebra-cabeça. Os autores discutem como a intertextualidade e a metalinguagem se tornaram os novos melhores amigos dos escritores contemporâneos. Quem nunca leu uma obra achando que o autor estava dando uma piscadela pra você?

Embora o livro não tenha um enredo como uma novela mexicana, os autores não economizam nos detalhes sobre as diferentes correntes literárias, autores emblemáticos e como tudo isso se entrelaça com a história do Brasil-que, por si só, já é uma grande novela.

Ao longo da leitura, fica claro que Kaviski e Fumaneri têm um trabalho que vai além de meramente apresentar informações; eles querem que o leitor entenda a importância da literatura na formação da nossa identidade, e por que tantos brasileiros se sentem perdidos quando tentam definir o que é ser "brasileiro" em suas obras literárias.

E antes que eu me esqueça de avisar: se você está se perguntando se há spoilers sobre algum final dramático, esqueça. Esse livro é mais como uma boa conversa na mesa do bar do que um filme de suspense.

Portanto, se você está a fim de se aventurar no vasto universo da literatura brasileira e não tem medo de questionamentos existenciais, essa é a leitura ideal. O que é ser poeta hoje? E como a literatura de ontem influencia o autor do amanhã? A resposta, meu amigo, está todo nesse caldeirão de informações onde o samba, o amor e a história brasileira se encontram.

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.