Resumo de Fenomenologia e Psicologia Clínica, de Claudia Lins Cardoso, Maria Madalena Magnabosco, Miguel Mahfoud, Saleth Salles Horta e Telma Fulgêncio Colares da Cunha Melo
Mergulhe na relação entre fenomenologia e prática clínica em nossa análise do livro. Entenda como a escuta e a empatia transformam a terapia.
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se para uma viagem ao mundo da psicologia clínica utilizando a fenomenologia como mapa. "Fenomenologia e Psicologia Clínica" é como um manual de instruções para tentar entender os meandros da mente humana, com um grupo de especialistas tão afiado que, se fosse uma faca, cortaria até o semáforo de um farol.
As autoras e autores deste calhamaço científico (não se preocupe, não é tão pesado) nos apresentam uma abordagem fenomenológica que, se você está pensando que é só mais um monte de filosofia, pense novamente! Eles fazem uma ponte entre a fenomenologia e a prática clínica, apontando que, para entender o outro, primeiro você precisa sair de si mesmo. Ou seja, como diria um grande filósofo contemporâneo, "para entender a vida alheia, primeiro olhe no seu espelho".
O livro discute, entre muitos tópicos, a importância da escuta e do acolhimento no processo terapêutico. Imagine que você vai a terapia e o psicólogo está mais preocupado com o que vai pedir no almoço do que em te ouvir. Não seria bem frustrante? Aqui, o foco é realmente fazer o paciente sentir-se ouvido, como se você estivesse contando suas desventuras amorosas para um amigo com muito tempo livre. E claro, tudo isso tem um porquê e uma fundamentação rigorosa que não deixa a filosofia de lado, mas a transforma em algo prático.
Um dos pontos altos da obra é a discussão sobre a experiência subjetiva do paciente. As autoras argumentam que cada pessoa vive suas dores e alegrias de maneira única, e cabe ao profissional de saúde mental não ser um mero espectador, mas sim um coadjuvante nessa narrativa. Ou seja, é como se você fosse o diretor de um filme, mas o roteiro final é escrito pelo protagonista: o paciente. Essa abordagem luminosa é um verdadeiro sopro de vida no universo rígido da psicologia.
E se você achou que isso era tudo, pode se preparar! O livro também desbrava temas como a empatia, o silêncio terapêutico (aquele "momento de reflexão" que, acredite, pode ser mais poderoso do que mil palavras) e a relação entre terapeuta e paciente. A relação aqui é quase como um tango: às vezes é sobre seguir a liderança e em outros momentos, sobre como conduzir a dança.
Mas cuidado! Terreno fértil para spoilers: ao lermos as páginas finais, de uma maneira bem fenomenológica, os autores nos levam a repensar toda a trajetória do livro, com questionamentos que fazem você querer correr atrás de um terapeuta para discutir suas impressões - e por que não, dar um feedback bem honesto sobre como se sentiu durante a leitura?
No geral, "Fenomenologia e Psicologia Clínica" é uma leitura reveladora que nos faz sentir que a vida merece ser encarada de forma subjetiva, com uma pitada de humor e um carinho especial pelas experiências dos outros.
Somente isso. Não há muito o que criticar, já que, como todas as boas obras da literatura científica, o importante é refletir e aprender e, se rolar uma risada no meio do caminho, melhor ainda.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.