Resumo de A Francesa. A Belle Époque do Comer e do Beber no Recife, de Frederico de Oliveira Toscano
Mergulhe na Belle Époque do Recife com 'A Francesa', de Frederico Toscano. Uma viagem sensorial pela gastronomia e boemia da época.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você já se perguntou como era a vida nas festas e banquetes recifenses durante a Belle Époque, A Francesa é o seu bilhete de passagem para esse banquete literário. O autor, Frederico de Oliveira Toscano, nos leva a uma viagem sensorial onde as delícias da gastronomia e a boemia se entrelaçam em meio a efervescência cultural do Recife no final do século XIX e início do XX.
Primeiro, vamos falar sobre a Belle Époque, esse período em que a cidade estava se modernizando, e as pessoas estavam mais preocupadas em mostrar o que tinham nos pratos do que na política... E quem pode culpá-las? Se temos pratos fritos, assados e uma infinidade de bebidas, quem se importa com as questões sociais? Toscano faz um excelente trabalho ao nos apresentar não só o contexto histórico, mas também as influências francesas que moldaram a culinária local.
O autor destaca não apenas os pratos típicos, mas também os restaurantes e barzinhos que eram os centros de socialização da época. Imagine a cena: senhoras e senhores elegantemente vestidos, com taças de champanhe nas mãos, falando sobre a última moda em Paris enquanto degustam um coq au vin que, claro, não era exatamente o que se tinha jeito de fazer em uma cozinha recifense. Mas quem se importa com precisão quando se pode saborear a vida?
Um detalhe engraçado é que Toscano não hesita em dar nomes aos bois (ou seriam camarões?). Ele menciona as figuras excêntricas que frequentavam esses locais, com suas histórias de amor e desamor, muito mais parecidas com uma novela do que com uma simples crônica. E aqui entram os spoilers da vida: se você está esperando cenas de happy hour tranquilas, vai se surpreender. As dicas e receitas descritas são um verdadeiro reality show de como não se comportar à mesa.
E não podemos esquecer das bebidas! O autor também se aprofunda na cultura etílica do período. O vinho, a cachaça. tudo isso servido em copos ornamentados que pareciam mais obras de arte do que recipientes para bebida. As mesas eram verdadeiros centros de experimentação. A cada brinde, uma história, e a cada história, uma bebida diferente. O que poderia dar errado, não é mesmo?
Ao final, A Francesa não é apenas um livro de receitas ou um manual de etiqueta, mas um panorama vibrante da vida social do Recife. As páginas são preenchidas com descrições detalhadas, entrevistas, e dados históricos, que fazem você sentir o cheiro do cozido e o tilintar das taças, convidando você não só a apreciar a culinária, mas também a entender o seu papel na sociedade.
Então, se você deseja entender como a culinária moldou uma era e, por que não, a cultura brasileira, abra um espaço na estante para essa obra que promete apimentar sua visão sobre Recife e a vida em sociedade. Dica: tenha um petisco por perto, porque a fome vai bater! Bon appétit!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.