Resumo de As Vespas, As Aves, As Rãs, de Aristófanes
Mergulhe na trilogia de Aristófanes: As Vespas, As Aves e As Rãs, onde a comédia grega critica política e arte com humor afiado e atemporal.
domingo, 17 de novembro de 2024
Aristófanes, esse gênio da comédia grega que, em vez de apenas dar risada, decidiu também fazer a gente pensar, apresenta uma trilogia de peças divertidíssimas que, embora escritas há séculos, continuam relevantes e, por que não, bem atuais. Prepare-se para uma viagem através das artes cênicas da Grécia antiga, onde as vespas tornam-se um dos protagonistas mais inesperados da história.
As Vespas é a primeira desta trilogia e já começa com tudo. Aqui, Aristófanes dá espaço a um senhor idoso, Fídias, que é um amante das delações e que vive sob o constante ataque de sua esposa. Tudo isso acontece em um cenário onde a política e o sistema judiciário se misturam com os comportamentos mais excêntricos. O que Fídias mais quer é evitar que seu filho, o jovem, e mais bem humorado, Xantias, se envolva ainda mais com o sistema de "dedo duro". O modelo de Fídias é totalmente inspirado nas vespas, que adoram picar e perturbar quem se aproxima.
E, como se não bastasse, a comédia entre seus diálogos é bem sarcástica. Os personagens malucos enchem a peça de alusões ao sistema judicial, tornando a crítica à corrupção e ao abuso de poder mais saborosa que um prato grego de moussaka!
Em seguida, Aristófanes apresenta As Aves, um verdadeiro espetáculo de imaginação e absurdos. Aqui, dois atenienses insatisfeitos, Pistetero e Epicos, decidem criar uma nova cidade em céu, onde as aves governam tudo. Sim, você leu certo! E se você achava que as aves eram apenas belas criaturas cantantes, se engana redondamente. Elas são organizadas, possuem um governo, e ainda têm altos planos de dominar os deuses, como se não bastasse já ter um arsenal de penas e bicos afiados!
O delírio se intensifica quando eles conseguem criar uma utopia que rivaliza com os próprios deuses. Prepare-se para um tira-teima sobre libertação, utopia e gente chata que mama nas tetas do sistema (mais uma crítica àqueles que vivem no conforto enquanto outros se ferram).
Por último, temos As Rãs. Em uma comédia que cruza elementos políticos com questões artísticas, o deus Dionísio resolve que vai ao submundo resgatar um grande poeta. Para ele, nada menos que um embate entre dois poetas clássicos - ninguém mais, ninguém menos que Esquilo e Eurípides - para decidir quem é o melhor. Através de muito humor e algumas rimas, Dionísio tenta entender se os poetas que o substituíram ao longo do tempo realmente merecem seus triunfos.
Mas cuidado - aqui, os mortos e os vivos brigam pelo título de "o maior". O resultado? Spoiler alert: não tem como sair uma solução pacífica e cada um se sente no direito de defender suas estéticas e preciosidades. A discussão pela arte e suas nuances na sociedade é tão real quanto a própria vida.
Em suma, a trilogia de As Vespas, As Aves e As Rãs é uma obra que transcende os séculos, mostrando que, na verdade, as discussões sobre política, corrupção, arte e comportamento humano são tão atemporais quanto as próprias vespas picantes. Aristófanes conseguiu, com maestria, fazer o seu público rir ao mesmo tempo que refletir - e isso, amigos, é a definição exata do humor grego!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.