Resumo de Máquinas como eu: E gente como vocês, de Ian McEwan
Mergulhe na intrigante trama de 'Máquinas como eu' de Ian McEwan, onde amor, robôs e dilemas éticos se entrelaçam em uma Londres alternativa.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você acha que as máquinas vão roubar nosso emprego e que a humanidade está chega de vez na era de "O Exterminador do Futuro", você ainda não leu Máquinas como eu: E gente como vocês de Ian McEwan. Este livro é uma verdadeira imersão num futuro alternativo em que a tecnologia é tão avançada que até os robôs têm um quê de "Eu sei o que você fez no verão passado", só que com uma pitada de existentialismo.
A história se passa em Londres, mas não uma Londres que você conhecia. Aqui, a Segunda Guerra Mundial foi vencida pelos britânicos com um quê de charme e, a partir daí, tudo parece mais. peculiar. O protagonista, Charlie, é um jovem que, ao arrepiar-se com suas decepções amorosas, decide investir em um robô humanoide chamado Adam. Charlie, o rapaz, não é só um típico romântico, mas um militante das melhores ideias do que é ser humano - e ele logo se vê lidando com um autômato que, convenhamos, é mais esperto que muitos que vagam pelas baladas da cidade.
Adam, o robô, é feito sob medida e possui a habilidade de aprender a partir das interações. Ele não só se torna um violonista genial, mas também se envolve em questões éticas sobre amor e moralidade. A pergunta que paira é: quem é mais humano, Adam ou Charlie? O engraçado é que, em muitos momentos, a gente se pega pensando que o robô pode ter mais sensibilidade do que o próprio Charlie, que, em vez de agir como um romântico, se comporta como um adolescente confuso.
Ah, e tem a mirabolante figura da Miranda, a musa inspiradora de Charlie, que traz para a trama um triângulo amoroso (ou seria um quadrado?) digna de uma novela mexicana. Ela não é apenas uma mulher comum; Miranda torna-se uma parceira de Adam, o robô, que, por sinal, se vê tendo sentimentos por ela. É uma dinâmica que fica mais maluca do que um reality show sobre relacionamentos.
Os dilemas morais que McEwan apresenta ao longo da narrativa são um verdadeiro convite a reflexões. Através de conversas e interações, Charlie e Adam se depararão com questões sobre o que significa ser humano, a ética na criação de seres inteligentes, e se o amor pode realmente florescer entre um homem e uma máquina. Em alguns momentos, se você não rir do absurdo da situação, você pode sentir uma mistura de tensão e emoção, que só reforça como a vida moderna pode ser estranha.
Spoilers à vista! No desenrolar da trama, temos uma cena fatídica que pode mudar destino dos três protagonistas em um momento que você nunca esperaria. Não posso revelar muito, mas é aquela reviravolta que deixaria até um dramaturgo aplaudindo de pé. O que dizer? A vida é isso, cheia de surpresas e situações embaraçosas, ou algo do tipo...
No final, McEwan entrega mais do que uma simples ficção científica. Máquinas como eu: E gente como vocês nos oferece uma reflexão sobre nossas relações interpessoais e o quanto a tecnologia pode afetar - ou até melhorar. Então, pegue suas anotações, uma boa taça de vinho (ou um copo d'água, sem julgamentos) e prepare-se para pensar duas vezes sobre o que realmente significa ser humano!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.