Resumo de Macário, de Álvares de Azevedo

Embarque na melancólica jornada do poeta Macário, de Álvares de Azevedo, e descubra como sua busca por amor e poesia se transforma em sofrimento e solidão.

Prepare-se para uma viagem no tempo, onde a atmosfera sombria e melancólica é mais densa do que o café da manhã à base de areia que você tomou. _Macário_, essa obra-prima de Álvares de Azevedo, nos apresenta um protagonista que parece ter saído das brumas do romantismo e tem um talento especial para se enterrar em sua própria tristeza. Afinal, quem precisa de sol quando você pode ter uma nuvem de drama pairando sobre a cabeça?

Macário é um desses anti-heróis que vive os altos e baixos de uma vida cheia de reflexões profundas e um tantinho de lamentações. Ele é um jovem que enfrenta a grande massa da sociedade e, pasmem! Não gosta muito do que vê. Em sua caminhada pelos campos e por sua mente, ele se depara com muitas situações que gritam "Existencialismo!" mais alto que um grito de socorro em uma festa de aniversário.

A história começa com o nosso querido Macário sendo um amante da poesia e da solidão - e já deixamos claro que isso é uma receita certa para os drama queens do século XIX. Ao longo de suas desventuras, ele se vê apaixonado por uma moça enigmática, como se não bastasse apenas ser melancólico, ele precisa também de um drama romântico. Essa paixão, que não dá em nada, ainda deixa o pobre do protagonista mais angustiado do que suas obrigações escolares na adolescência.

Vamos aos pontos altos de sua jornada tortuosa: a poesia! Macário se dedica a compor versos que fariam até o mais durão dos roqueiros chorar. Mas, ao invés de ganhar fama e fortuna, ele acaba se deparando com a dura realidade de ser conhecido como o poeta triste do bairro. Ou seja, uma quantidade absurda de emoção e pouca ação, o que nos lembra aquele amigo que só fala de desilusões amorosas, mas nunca tem coragem de ir à balada.

Falando em desilusões, o livro traz uma série de personagens que parecem ter saído de um ensaio para uma peça de teatro dramático. O velho amigo, que vive aconselhando : "Viva a vida, Macário!" enquanto a vida é mais chata que um filme sueco sem legendas. Tem também os rivais que fazem questão de balançar a cabeça e dizer que tudo que Macário faz ou diz é um grande erro. E, claro, a crítica da sociedade que o faz olhar para o mundo como quem observa um leão em uma jaula: fascinado, mas com medo de se aproximar.

E SIM, vamos aos SPOILERS (gente, leva isso a sério!). No final das contas, Macário percebe que todos os seus lamentos não valeram de muita coisa, e ele não chega a lugar nenhum a não ser na solidão, um verdadeiro campeão da auto-sabotagem. A mensagem que fica é que, às vezes, a vida é um grande desgosto e o romantismo, meu amigo, é só um truque para convencer você a comprar mais lenços de papel.

Resumindo, _Macário_ é uma jornada épica de um triste poeta que ama sofrer e acha que os seus poemas farão algum impacto no mundo. E se você está ansioso por uma mudança ou uma reviravolta feliz, bem, prepare-se para voltar ao toque de realismo que o aflige. Afinal, o que seria da beleza da vida se não fosse o sofrimento poeticamente arruinado? Venha se aventurar pelas páginas de Álvares de Azevedo e, por favor, traga um sombrero, um caderno e sua melhor caneta, porque ser um poeta triste nunca foi tão estiloso.

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.