Resumo de (Des)encontros trabalho-família: narrativas de familiares de trabalhadores migrantes do setor de produção de energia hidrelétrica, de Daniele Almeida Duarte
Mergulhe nas emocionantes narrativas de (Des)encontros Trabalho-Família e descubra os dilemas de famílias de trabalhadores migrantes nas hidrelétricas.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você acha que conciliar trabalho e família é um desafio só da sua vida, pare tudo agora e venha descobrir neste livro fresquinho como os familiares de trabalhadores migrantes do setor de produção de energia hidrelétrica vivem essa batalha em grande escala! (Des)encontros trabalho-família, de Daniele Almeida Duarte, mergulha nas histórias de vida desses indivíduos que navegam em mares revoltos entre a saudade de quem ficou e o suor de quem vai.
A obra é como aquela montanha-russa que faz seu estômago dar voltas: cheia de narrativas emocionais que nos revelam os dilemas enfrentados por essas famílias. Aqui, Duarte faz um trabalho primoroso ao mostrar que a vida de um trabalhador migrante não diz respeito apenas a ele, mas toca toda uma rede de relações que, acredite, é mais complicada que entender um release do governo sobre energia renovável.
O livro inicia com um contexto socioeconômico que justifica a migração para as hidrelétricas, apontando a busca por melhores condições financeiras e o desejo de dar uma vida mais digna para a prole - um argumento que, convenhamos, tanto pode tocar nosso coração quanto deixar a gente cheio de questionamentos sobre os custos emocionais envolvidos. A autora nos apresenta um verdadeiro mosaico de histórias, entrelaçando vivências de pais, mães e filhos que acabam se tornando protagonistas de seus próprios dramas familiares.
O que se percebe, logo de cara, é que o deslocamento físico do trabalhador é acompanhado por uma série de (des)encontros emocionais. Os acompanhantes são deixados para trás em busca de um futuro promissor, mas a cada viagem, a distância vai além do espaço - ela se torna temporal, afetiva e, claro, repleta de ansiedade. Nesse sentido, Duarte faz questão de não deixar a peteca cair: ela mostra que a falta do "ser amado" se transforma em um vazio que nem as videochamadas conseguem preencher. E, sejamos francos, quem nunca chiou ao ter que recorrer a uma chamada de vídeo?
Cá entre nós, as páginas têm a dose certa de sensibilidade. Duarte traz à luz relatos que nos fazem sentir o nó na garganta ao falar sobre as férias virtuais, quando cada um está em seu canto e a única união se dá por meio de um aparato tecnológico que, vale lembrar, ainda tem palavrão em forma de wifi.
Além disso, a autora não faz apenas uma aplaudida análise das emoções - ela também levanta questões mais amplas sobre as políticas públicas, ou a falta delas, que os trabalhadores enfrentam. Em outras palavras, enquanto alguns choram, outros racionais ficam debatendo sobre a real necessidade de uma rede de apoio para essas famílias. Spoiler: O capítulo "Política Pública: O que é isso?" não é por acaso!
Ao fim desse passeio narrativo, fica claro que o livro não é só uma coletânea de histórias tristes e alegres; é um convite à reflexão sobre como as relações humanas, em tempos de industrialização e capitalização, são moldadas - e muito! É uma leitura que provoca reflexão, ainda que você, leitor, não tenha parentes se aventurando em barragens.
Desse modo, se você quer apimentar sua vida com um pouco de emoção real e se sentir parte de uma história tão maior que a própria vida, não perca essa oportunidade de compreender um pouco melhor essas experiências de amor e saudade relatadas por Daniele Almeida Duarte. Afinal, quem disse que a literatura não pode ser a luz no fim do túnel da rotina?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.