Resumo de Rizomas da Reforma Psiquiátrica: a Difícil Reconciliação, de Tânia Mara Galli Fonseca, Selda Engelman e Cláudia Maria Perrone
Mergulhe nas complexidades da saúde mental com 'Rizomas da Reforma Psiquiátrica'. Uma análise crítica que revela os desafios e interconexões dessa reforma no Brasil.
domingo, 17 de novembro de 2024
A partir do título já dá para imaginar que "Rizomas da Reforma Psiquiátrica: a Difícil Reconciliação" não é um passeio no parque ou uma leitura leve e descontraída como um romance romântico. O que temos aqui é um mergulho na complexa e, para alguns, quase desesperadora realidade da reforma psiquiátrica no Brasil. E o melhor de tudo? O livro tenta descascar essa cebola de forma crítica, sem deixar de lado a natureza multifacetada e, sim, bem complicada desse tema. Prepare-se para entender os diversos caminhos que essa reforma trilhou, e como elas nem sempre se encontram em um singelo final feliz.
As autoras, Tânia, Selda e Cláudia, com seu deboche sutil e muito conhecimento, apresentam um estudo que discute a possibilidade de uma verdadeira reforma, como se fossem montadoras de quebra-cabeças. Elas analisam as experiências dos sujeitos afetados, a implementação das políticas públicas e as interações sociais e culturais que moldaram o cenário atual da saúde mental no país. Em outras palavras, é a verdadeira "novela do horário nobre" dos problemas de saúde mental, com todos os seus drama, comédia e, claro, um toque de tragédia.
O livro se estrutura em torno do conceito de rizoma, que vem da botânica e que, aqui, é utilizado como uma metáfora. É como se a reforma psiquiátrica fosse uma planta que, em vez de crescer de forma linear, se espalha por várias direções, interligando-se a outras questões sociais e políticas. Ou seja, nada de soluções mágicas - se você quer respostas diretas, pode voltar a comer pipoca e ver a novela.
As autoras não têm medo de mostrar que a reconciliação entre diferentes abordagens e práticas na psiquiatria não é simples, e que há uma série de empecilhos. Da burocracia até a resistência cultural que ainda existe, tudo isso é abordado com uma argúcia bem humorada. Não é um livro para quem se assusta fácil; aqui não tem como "dar Ctrl+Z" nas questões tratadas.
Além disso, o texto reflete sobre as relações entre o estado, a sociedade e as práticas de saúde mental, apertando o botão de "play" e "pause" em várias cenas que até poderiam ser de um filme dramático. As autoras propõem que a luta por uma reforma verdadeira não é apenas uma questão de "abrir as portas" dos manicômios, mas sim uma necessidade de mudança das percepções sobre os indivíduos com transtornos mentais. E, claro, uma chamada para a responsabilidade social.
Ao final, Rizomas da Reforma Psiquiátrica é como um daqueles jantares em que todos têm algo para contribuir: uns trazendo entradas, outros os pratos principais e mais gente ainda os doces. O resultado? Um banquete cheio de informações e reflexões que fariam até o mais cético dos críticos levantar as sobrancelhas e, quem sabe, até se engajar na conversa.
Se você achou que a realidade da saúde mental é só mais um assunto chato, com esse livro você vai perceber que pode ser bem mais do que isso. E quando estiver pronto, agarre-se a outras obras e estude ainda mais sobre esse tema fascinante que, apesar de espinhoso, é fundamental para a nossa sociedade.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.