Resumo de Oficina da canção: do maxixe ao samba-canção, de Marcos Baltar
Explore a rica história da música brasileira em 'Oficina da Canção'. Descubra as influências do maxixe e do samba-canção nesta leitura envolvente.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você achava que a música brasileira só começou a brilhar com o carnaval de samba e a Bossa Nova, é hora de dar um tapa na cara das suas crenças e abrir os ouvidos (e a mente) para Oficina da canção: do maxixe ao samba-canção, do genial Marcos Baltar. Esse livro é praticamente um passeio por uma verdadeira montanha-russa musical, onde o maxixe e o samba-canção se esbaldam numa festa que começou lá na primeira metade do século XX. E se você achou que "maxixe" era só o que o seu tio dança nas festas de família, se prepara: a coisa é bem mais profunda!
Baltar começa nos apresentando o maxixe, esse ritmo que nasceu no calor da mistura cultural do Brasil. Olha, ele é quase uma combinação explosiva de estilos que rolavam nas periferias urbanas. Pense no maxixe como aquele primo do samba que vive se achando, mas que, na real, é tipo um mestre de cerimônias dos ritmos brasileiros. O autor discorre sobre como essa dança bem devassa foi ganhando espaço e respeito, apesar de seus "deboches" e dos tabus da moral da época. Lembra-se da avó que torce o nariz quando você coloca um funk? Então, o maxixe era isso, mas com um pé em todo um contexto social e cultural.
Depois disso, ele dá a volta por cima e nos apresenta o samba-canção, que é como aquele amigo que chega na festinha, tira a camisa e começa a cantar canções de amor de forma dramática. Assim como as letras melancólicas e apaixonadas que surgiram nesse novo ritmo, o samba-canção veio para embalar os corações despedaçados e fazer a galera se emocionar com suas letras carregadas de sentimento. Nesse ponto, uma dica: se você é do tipo que só ouve música animada e acredita que chorar é sinal de fraqueza, pode ser que este trecho do livro te faça repensar suas escolhas musicais.
E como um bom jornalista musical, Baltar não deixa passar batido as influências, os compositores e os intérpretes que ajudaram a moldar esses estilos. Nomes como Noel Rosa, Cartola e outros ícones aparecem por aqui, não só como figurantes, mas como personagens principais dessa história, cartazes de uma era. A narrativa é rica em contextos históricos e sociais que vão desde a Era Vargas até as transformações sociais e culturais que aconteciam no Brasil.
Agora, se você está esperando por spoilers, este livro não tem! Porque, mas fique tranquilo, ele é uma análise mais técnica e profunda dos gêneros e suas evoluções, e não uma novela mexicana. Aqui, as emoções ficam nas letras das músicas... e nos seus ouvidos, claro.
Ao longo das páginas de Oficina da canção, você vai se deparar com a abordagem de Baltar acerca das interações entre a música e a sociedade, e como elas se influenciam mutuamente. Não tem como escapar: as canções contam histórias, e as histórias refletem as canções. Então, se você ainda não se convenceu a mergulhar nesse universo musical, saiba que o autor faz um trabalho primoroso em mostrar a relevância e a riqueza dos ritmos que dançaram suas origens no Brasil.
Em resumo, Oficina da canção: do maxixe ao samba-canção é uma verdadeira aula de história através da música, com a dose certa de humor e reflexão. Não importa se você é um amante da música, um curioso ou só um aventureiro da leitura, o importante é não deixar essas pérolas da música brasileira passar batido. Prepare-se para um passeio que vai fazer seus ouvidos felizes e deu uma boa reviravolta nas suas percepções musicais!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.