Resumo de Consumidos, de David Cronenberg
Mergulhe na reflexão de 'Consumidos' de David Cronenberg, uma crítica ao consumismo e às relações humanas em um enredo bizarro e filosófico.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você sempre achou que sua vida já estava saturada de relacionamentos estranhos, consumo desenfreado e uma pitadinha de meta-ficção, Consumidos de David Cronenberg é a obra perfeita para você. Prepare-se para se deparar com a conexão no mínimo peculiar entre duas almas perdidas - Clare e Peter - que, vamos combinar, têm uma relação com a realidade que faria Freud pedir música no Fantástico.
Na superfície, Consumidos parece uma jornada sobre a vida de dois protagonistas que, à primeira vista, têm como hobby preferido a fotografia (mais especificamente, as de pessoas em situações de "perigo"). Clare é uma jornalista audaciosa (ou seria imprudente?) que se vê infiltrada nas intrigas do mundo do cinema avant-garde, enquanto Peter é um fotógrafo que tem um gosto peculiar por imagens que desafiam a noção de "normalidade". O que não faltam são interações bizarro-românticas, uma boa dose de obsessão e, claro, referências ao cinema e à cultura pop.
Spoiler alert: se você achou que seria apenas um romance com pitadas de drama, se enganou redondamente. A narrativa se aprofunda em temas como o impacto da tecnologia sobre as relações humanas, o culto à imagem e a pergunta que não quer calar: "Estamos consumindo ou somos consumidos?". Isso mesmo, é quase um reality show sobre como viver em um mundo de aliens que se disfarçam de humanos, e onde até um hamster pode se tornar um símbolo de status.
Os caminhos de Clare e Peter se entrelaçam de formas inesperadas, levando a um clímax que desafia a lógica e nos faz repensar o que é genuíno. E não, não estou falando daquela pizza fria que você deixou na geladeira. Aqui, estamos mais para o lado filosófico: haveria alguma autenticidade em nossos desejos e ações? Ou estamos, na verdade, todos presos a um script que foi escrito por outra mão?
Cronenberg faz um excelente uso do seu talento para a narrativa, jogando com a ideia do consumismo não apenas como uma crítica social, mas como uma verdadeira dissecação das relações humanas e seus vícios. A ironia e o humor negro permeiam as páginas, provando que o autor tem senso de humor, mesmo quando está nos fazendo refletir (ou se debater) sobre a alma humana.
Ah, e não se esqueça de que o enredo também inclui uma boa dose de insinuações sobre o mundo do cinema e suas mazelas, incluindo relacionamentos esquisitos e as loucuras de algumas celebridades. É como se você estivesse assistindo a um filme psicológico com toques de comédia, cheio de reviravoltas que fazem você questionar se está assistindo a um thriller ou uma comédia romântica estranha.
Portanto, se você está pronto para encarar as verdades (e mentiras) do mundo moderno enquanto navega por estas páginas, Consumidos é a leitura. Afinal, quem nunca se sentiu um pouco consumido por tudo isso? Em uma era cheia de selfies e likes, Cronenberg nos lembra que o "consumir" pode ter camadas mais profundas do que apenas a vontade de devorar um cheeseburger em um dia de preguiça.
Prepare-se para rir, chorar e refletir sobre a quimera que é o consumo em todas as suas formas!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.