Resumo de A obra em negro, de Marguerite Yourcenar
Mergulhe na jornada sombria de Zenon em 'A obra em negro'. Uma reflexão sobre autoconhecimento e o sentido da vida com humor ácido.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você acha que a vida de um alquimista é um mar de rosas, sinto em informar que está enganado. Em A obra em negro, Marguerite Yourcenar embarca em uma jornada sombria e intrigante, recheada de filosofia e crise existencial, e nos apresenta Zenon, o protagonista que está mais perdido que cego em tiroteio.
Logo de cara, somos transportados para a Europa do século XVII, onde nossa estrela é um jovem alquimista com um nome difícil de pronunciar. Zenon, além de fazer experiências com poções e elementos químicos, tenta entender o sentido da vida (e ainda não descobriu que a resposta é, normalmente, um 'não sei'). Ele começa a sua jornada fugindo de um passado obscuro, e ao longo do caminho acaba se envolvendo em uma série de aventuras e diálogos profundos que fariam qualquer guru contemporâneo ter uma síncope.
Entre as diversas situações cômicas ou trágicas, dependendo de como você vê a vida (nunca se esqueça, seus problemas podem ser piadas para outros!), Zenon vai se deparar com a visão de um mundo em transformação. Apolítico, ele não faz questão de se alinhar a nenhum lado - um verdadeiro expert em ser neutro em tempos em que lados eram tudo, ou como diríamos hoje, o Instagram da época.
Se o desespero e a insatisfação com a vida fossem uma arte, Zenon seria o Picasso! Na sua trajetória, ele se depara com personagens fascinantes e enigmáticos, que desafiam suas crenças e o levam a questionar a própria essência da existência. Nesse vai e vem de pensamentos e reflexões - o que fica claro é que a busca pelo conhecimento e pela verdade não é apenas uma sensação de 'estou no caminho certo', mas mais como um 'deixa eu ver o que acontece se eu misturar isso aqui'. Aliás, se você tem uma queda pela química, você vai adorar!
Spoiler alert: no final, ele percebe que não é apenas a busca pelo ouro que importa, mas pelo autoconhecimento e pela paz interior. O que, convenhamos, é uma lição que muitos de nós ainda estamos tentando aprender, enquanto nos afogamos em xícaras de café (ou seria chá?).
Enfim, A obra em negro é uma obra que vai refletir não só sobre o passado e o conhecimento, mas vai cutucar o seu eu interior com uma colher e perguntar: "Você realmente sabe quem é?" É um livro que mistura misticismo, reflexão, e um pouco de frustração existencial, tudo isso com um toque de humor ácido. Prepare-se para não apenas ler, mas também pensar e, quem sabe, até rir um pouco da nossa própria insignificância no grande caldeirão da vida.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.