Resumo de Convocações Biopolíticas dos Dispositivos Comunicacionais, de José Luiz Aidar Prado
Reflexões provocativas sobre a biopolítica e a comunicação digital. Entenda como a tecnologia molda nossas identidades e relações sociais.
domingo, 17 de novembro de 2024
Em um mundo onde os dispositivos comunicacionais parecem mais uma extensão do nosso próprio corpo (quem aqui não se sente nu sem o celular, hein?), Convocações Biopolíticas dos Dispositivos Comunicacionais de José Luiz Aidar Prado se propõe a ser uma análise profunda da relação entre a biopolítica e a comunicação. Não, não é uma conversa sobre como mandar mensagens de texto para seu crush sem ser visualizado - aqui o papo é bem mais sério e cabeludo.
Começando com uma contextualização da biopolítica - conceito que pode soar como algo saído de um filme de ficção científica, mas na verdade é bem real e muito presente no nosso dia a dia. O autor nos apresenta a formulação de Michel Foucault, que discute como as instituições e os governos utilizam a biopolítica para regular e controlar a vida da população. E é aqui que as nossas queridas tecnologias entram em cena.
Aidar Prado explora o impacto dos dispositivos comunicacionais na maneira como vivemos e interagimos. A comunicação, antes limitada a encontros cara a cara (e aos bilhetes passados durante a aula), agora acontece a qualquer hora e em qualquer lugar, tudo com a ajuda de um pequeno, mas poderoso, gadget na nossa mão. Mas calma, não é só uma análise de como somos dependentes de nossos smartphones. O autor apresenta uma crítica contundente sobre como essa tecnologia é utilizada para moldar comportamentos e até mesmo para exercer controle social. Ou seja, sim, de certa forma estamos todos sendo vigiados por trás das telas.
Além disso, Prado também discute o conceito de dispositivos como ferramentas que vão além da simples funcionalidade. Eles têm um papel ativo na formação de identidades e na circulação de informações. Aqui, o autor faz uma conexão direta com a noção de que estamos constantemente sendo convocados a participar de uma rede de comunicação que não apenas nos conecta, mas que também nos molda. E se você achava que só o algoritmo do Instagram sabia da sua vida, pense novamente.
O livro não está apenas aqui pra te fazer refletir, mas também para te deixar com um leve receio de que a sua smart TV realmente esteja te observando enquanto você toma aquela maratona de séries. O autor não economiza nas referências e nos exemplos contemporâneos, trazendo à tona a relação entre sociedade, poder e tecnologia, e como esses fatores interagem até hoje. É como uma aula de filosofia, mas com a atualidade bombando e você tomando um café.
Claro, como em toda boa obra acadêmica, existem alguns trechos que podem parecer um tanto pesados ou rebuscados (alô, jargões), mas o autor se esforça em deixar claro o que está discutindo, utilizando exemplos e casos do nosso cotidiano digital. Ele basicamente nos lembra que, se não estamos cientes do que está acontecendo ao nosso redor, acabamos sendo os protagonistas de uma história em que não sabemos o enredo. Spoiler alert: a tecnologia é tanto nossa amiga quanto nossa inimiga!
Em resumo, Convocações Biopolíticas dos Dispositivos Comunicacionais é um convite (ou seria uma convocação?) a refletir sobre o papel que a comunicação digital desempenha nas dinâmicas sociais e políticas atuais. Então, antes de enviar aquela mensagem para seu amigo perguntando se ele já leu o livro, pense: o que mais está por trás de tudo isso? A repercussão do texto vai muito além do que você imagina. E fica a dica: vale a pena conferir essa leitura, não só para se distrair, mas para abrir a mente sobre o mundo turbinado em que vivemos.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.