Resumo de A Morte Branca do Feiticeiro Negro. Umbanda e Sociedade Brasileira, de Renato Ortiz
Explore a profunda análise de Renato Ortiz sobre a Umbanda e sua intersecção com a sociedade brasileira em A Morte Branca do Feiticeiro Negro.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você achou que a Umbanda era só um desfile de flores e cânticos ao pôr do sol, é hora de se preparar para uma viagem que vai muito além dos clichês. Em A Morte Branca do Feiticeiro Negro. Umbanda e Sociedade Brasileira, Renato Ortiz traz uma análise da religiosidade brasileira que vai fazer você repensar tudo que acha que sabe sobre esse universo. E não se preocupe, não vamos precisar de um guia espiritual pra entender a obra!
O autor começa desnudando a construção da Umbanda e como ela se insere na complexa tapeçaria da sociedade brasileira. Ortiz não fez só um trabalho de pesquisa; ele cavou fundo, quase entrando em um transe de tanto que investigou as raízes dessa religião que mistura elementos africanos, indígenas e espíritas. É uma verdadeira salada de culturas, e você vai ver que na Umbanda, até a batida do tambor tem um quê de política e direitos sociais.
Um dos pontos altos da obra é a discussão sobre a imagem do negro na sociedade brasileira e como isso reflete na prática religiosa. Renato ressalta como essa figura, que deveria ser símbolo de resistência, acaba sendo alvo de preconceitos até dentro do próprio movimento religioso. Em resumo: não tem como falar de Umbanda sem entrar na dança dos conflitos sociais e raciais que permeiam o Brasil. Spoiler: eles não se resolvem facilmente.
A narrativa se alterna entre a análise sociológica e aspectos mais humanos, mostrando que, em última análise, a Umbanda é uma forma de resiliência. Ortiz fala sobre os terreiros, os devidos desafios enfrentados pelos praticantes e como essas experiências moldam a religião. E não pense que tem apenas velas e mandingas: o autor discorre sobre a luta contra a intolerância religiosa, apresentando casos reais que cortam o coração (prepare o lenço, porque algumas histórias vão fazer você querer fundar um terreiro para acabar com a grosseria do mundo).
E quem diria que um livro acadêmico teria seu momento "reality show"? Ortiz investiga também a relação dos praticantes com a sociedade e como esses grupos se organizam para reclamar por seus direitos, desde a luta pela visibilidade até o fomento à cultura afro-brasileira. O autor revela o embate contínuo para legitimar a Umbanda como uma religião respeitável e não apenas uma "gambiarra" de experiências espirituais.
Portanto, se você quer entender mais sobre a Umbanda e seu impacto na sociedade brasileira, ou se apenas está afim de saber onde está a verdadeira magia por trás das práticas religiosas, A Morte Branca do Feiticeiro Negro é leitura obrigatória. Prepare-se para desafiar seus próprios conceitos enquanto você mergulha de cabeça nessa obra provocativa e, ouso dizer, transformadora!
Ah, e não se esqueça: o verdadeiro poder não está apenas nos rituais; mas sim na resistência e na luta por um espaço digno para todas as expressões religiosas. Agora, se você esperar até a próxima edição do livro para fazer isso, boa sorte!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.