Resumo de Bunker: diário da agonia, de Kevin Brooks
Mergulhe nas angústias de Toby em 'Bunker: Diário da Agonia'. Uma leitura que explora o confinamento e a crítica ao comportamento humano de forma única.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você já pensou que a vida pode ser um grande confinamento e que isso é sufocante, Bunker: diário da agonia, de Kevin Brooks, é a obra que vai tirar suas dúvidas (ou aumentá-las!). Prepare-se para uma viagem ao subsolo, onde a claustrofobia é apenas uma das suas preocupações.
A trama gira em torno de um jovem chamado Toby, que se encontra em uma situação digna de filme de terror - mas sem o orçamento e os efeitos especiais. Ele é sequestrado por um grupo que tem mais problemas de relacionamento que o Instagram em busca de likes. E, como se não bastasse, ele acaba num bunker, um verdadeiro "quarto escuro e assustador" disfarçado de abrigo. O lugar parece ter sido decorado por alguém que não participou de nenhuma aula de design: é frio, sem janelas e tudo isso ao som de um silêncio ensurdecedor, onde até uma mosca precisa de coragem para voar.
Confinado, Toby tenta entender o que acontece e o porquê de estar lá. E, ao longo do caminho, ele descobre que não está sozinho - e aqui vai um spoiler bem-disfarçado: a presença de outros prisioneiros traz à tona conflitos, dramas e uma dose de comédia involuntária. Sim, porque em meio à angústia, sempre há espaço para as situações mais inusitadas, como discussões sobre quem comeu a última bolacha.
O diário, que dá título ao livro, é o fiel companheiro de Toby, onde ele registra sua agonia (e outras coisas não tão relevantes). É como se ele estivesse relendo as próprias anotações do colégio, mas sem o professor chato e com uma pitada de desespero. Ele reflete sobre sua vida, seus medos e os planos que fariam qualquer sonho de fuga parecer um roteiro de sucesso... Se não fosse pela cidade no topo que parece ter se esquecido de que ele existe.
À medida que a narrativa avança, você se sentirá como um espectador de uma peça de teatro de absurdos, onde Toby é o protagonista e o bunker é o palco. Ele questiona o que é real e o que não é, enquanto desenvolve uma conexão especial com seus companheiros e enfrenta os desafios de se manter são em um ambiente tão tortuoso. O que dá uma certa leveza aos momentos mais tensos, quase como um bom filme de comédia, só que com menos piadas e mais gritos abafados.
Ao longo de Bunker: diário da agonia, somos levados a mergulhar (literalmente) nos pensamentos e sentimentos de Toby, que se tornam cada vez mais intensos, levando o leitor a uma montanha-russa de emoções. E aqui, já que estamos dentro do "bunker", vale o aviso: prepare-se para um final que pode deixar você mais angustiado do que quando começou a leitura. Um verdadeiro desfecho que faz você perguntar se tudo isso foi realmente necessário ou se poderia ter sido um pouco mais leve, tipo uma comédia romântica (mas sempre com um toque de drama, claro).
No fim das contas, Kevin Brooks nos entrega uma obra que é tanto uma reflexão sobre a solidão e o confinamento quanto uma crítica ao comportamento humano em situações extremas. Então, se você está afim de se sentir claustrofóbico e refletir sobre a vida dos outros enquanto torce para que o protagonista tenha um final feliz - ou pelo menos uma saída -, Bunker: diário da agonia pode ser a leitura perfeita para você! Mas cuidado, não se esqueça de deixar uma ventana aberta... mesmo que só uma fresta.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.