Resumo de Política e cultura no governo de Dom João VI: imprensa, teatros, academias e bibliotecas (1792-1821), de Juliana Gesuelli Meirelles
Mergulhe na intrigante relação entre política e cultura durante o governo de Dom João VI, revelando teatros, imprensa e bibliotecas de uma era fascinante.
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se para embarcar em uma viagem no tempo que te levará diretamente ao universo de Dom João VI e suas manobras culturais que poderiam facilmente render um reality show. A autora, Juliana Gesuelli Meirelles, destrincha nesse livro tudo que rolou de 1792 a 1821, época em que o Brasil estava fervendo em ideias e movimentos artísticos, enquanto a coroa portuguesa tentava se estabilizar no meio do caos da história.
Logo de cara, Meirelles nos apresenta o cenário em que a imprensa começa a ganhar força. A liberdade de expressão estava engatinhando, e os jornais da época eram como as redes sociais de hoje: cheios de "fakes news" e opiniões bombásticas. O descontentamento da população começou a ser expresso na tinta dos impressos, e as pessoas falaram o que pensavam, mesmo que muitas vezes com a poesia de um "tô nem aí".
Os teatros também têm seu lugar de destaque neste enredo. Imagine um palco recheado de atuações que fariam Shakespeare se revirar no túmulo - é nesse clima que a população se distraía após longas jornadas de trabalho, provavelmente se perguntando onde estaria o próximo espetáculo. A autora nos mostra como o teatro refletia as inquietações sociais e políticas da época: uma forma de protesto que seria considerado "performático" nos dias de hoje.
Os teatros, além de entreter, eram pontes para a crítica social, onde as comédias e dramas retratavam a vida da população, transformando o riso em um ato subversivo. E convenhamos, quem não gosta de uma boa dose de drama, não é mesmo?
Na sequência, temos as academias e as bibliotecas como protagonistas da cultura. As academias eram espaços de intelectuais que se reuniam para conversar sobre tudo e mais um pouco - desde o que comer no jantar até as revoluções da época. E as bibliotecas! Ah, as bibliotecas! Eram o verdadeiro "Google" do século XIX, onde as pessoas se aventuravam em busca de conhecimento, mesmo sem a ajuda de Wi-Fi.
Enquanto isso, Dom João VI estava lá, cercado por essas novidades todas, tentando manter o controle de um reino que, para ser honesto, parecia mais uma festa à fantasia. A obra de Meirelles ilustra como esses elementos culturais interagiram com as decisões políticas do governo, resultando em uma mistura explosiva de cultura e política.
E, como não poderia deixar de ser, a autora também dá um panorama das percepções externas sobre o Brasil, que tentava se firmar como uma nação em meio a tanto vai-e-vem. Com isso, somos convidados a refletir sobre as relações entre cultura e poder, e como uma alimenta a outra, em um ciclo vicioso que poderia ser facilmente confundido com uma novela.
Para os que ainda acham que "Política e Cultura" é só mais uma obra chata de academia, recomendo que abaixem essa expectativa e se deixem levar pela sagacidade de Meirelles. Não há spoilers aqui, mas prepare-se para uma viagem de ensino, risadas e talvez um pequeno indignação ao perceber que a história muitas vezes se repete.
Portanto, se você está sedento por conhecimento sobre a era de Dom João VI e como a cultura se entrelaçou com a política nesse período tumultuado, esta leitura é o prato cheio. Afinal, quem diria que a história poderia ser tão divertida e cheia de reviravoltas?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.