Resumo de O Conformismo dos Intelectuais, de Michel Maffesoli e Helene Strohl
Mergulhe na crítica de Maffesoli e Strohl sobre o conformismo dos intelectuais e descubra como eles se tornaram defensores da mediocridade.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você já achou que em uma mesa de bar só se falava besteira, você precisa ler O Conformismo dos Intelectuais! Neste livro, os autores, Michel Maffesoli e Helene Strohl, têm uma conversa (ou melhor, uma discussão) sobre o comportamento dos intelectuais e suas ações e reações em um mundo que se transforma a cada instante, enquanto eles insistem em ficar parados no tempo. E acredite, a conversa é bem mais interessante do que o que você ouviria na mesa do bar.
O texto começa expondo a ideia de que, apesar de se autoproclamarem desafiadores e pensadores críticos, os intelectuais acabam se tornando parte de um grande conformismo sociocultural. Em vez de serem os revolucionários da sociedade, eles, na verdade, se tornam seus melhores amigos e defensores, conservando ordens e tradições que todos juravam querer abolir. Spoiler: isso não acaba bem.
Maffesoli e Strohl analisam como esses indivíduos intelectuais, que sempre acham que estão acima da média, na verdade, aderem à mediocridade e àquilo que já está estabelecido. Eles discutem a sociedade líquida de Bauman, mostrando como o conformismo intelectual é uma forma de resistência ao novo. Nada como um intelectual que teme o desconhecido, né? Imagine a frustração de um pensador que não sabe para onde ir, e pior, que se dá conta de que estragar tudo talvez seja o único caminho possível.
A obra também toca na noção de que discursos críticos são muitas vezes clichês e apenas ecoam ideias que já foram mastigadas até a saciedade. É como você ouvir aquele seu amigo que só repete as mesmas piadas, mas você ainda finge rir porque, por algum motivo, ele se acha o comediante da galera. Por isso, Maffesoli e Strohl pedem uma reflexão: será que a função do intelectual é mesmo trazer respostas ou simplesmente garantir seus acreditados status sociais?
Eles ainda aventuram-se por temas como a emergência da nova subjetividade, que seria um grito de "olha que legal! Vamos ser diferentes!", mas na prática só resulta em mais do mesmo. Aquela velha luta entre ser único e ser parte de um grupo poderia ser o título do jogo. No final das contas, o que eles realmente querem é que os intelectuais deixem de ser avestruzes, enterrando a cabeça na areia, e comecem a viver de verdade, ao invés de apenas observar a vida passar.
Por fim, Maffesoli e Strohl fazem um chamado à ação, uma espécie de "vamos acordar, galera!" e nos instigam a seguir um caminho em que a crítica não seja apenas uma museu do passado, mas uma ferramenta viva de mudança. E não se preocupe, a obra toda está embalada em uma prosa que, apesar de séria, não se faz chata. Afinal, quem disse que um texto sobre intelectuais deve ser engessado e maçante?
Então, se você está à procura de um texto que faz piruetas intelectuais e, ao mesmo tempo, te faz sentir que pode e deve pensar fora da caixinha (ou da bolha?), essa leitura é para você. E, por favor, não se esqueça: no fim do dia, não seja um avestruz!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.