Resumo de Coisas ocultas desde a fundação do mundo, de Rene Girard
Explore as reflexões profundas de Rene Girard em 'Coisas Ocultas Desde a Fundação do Mundo' e como elas desafiam nossa compreensão sobre desejo e violência.
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se para uma viagem pela psicologia, a mitologia e a história das civilizações que vai te fazer questionar até a cor da sua camiseta! Coisas ocultas desde a fundação do mundo, de Rene Girard, é aquele tipo de livro que parece que foi escrito para você ter um colapso existencial no café da manhã. O autor, que não é nenhum novato no assunto, propõe uma reflexão sobre a violência, o desejo e o papel da religião na formação do homem contemporâneo. Então, vamos lá!
Girard começa o espetáculo com a teoria do desejo mimético. Trocando em miúdos: nós desejamos aquilo que os outros desejam. É tipo aquele seu amigo que comprou um tênis chiquérrimo e de repente você percebe que também precisa de um. Fica tudo muito confuso quando várias pessoas querem a mesma coisa, e, adivinha? Isso gera conflitos! E é nesse calor que a violência brota, como se fosse uma planta daninha em um jardim bem cuidado.
Na sequência, o autor se aprofunda nos mitos e histórias da humanidade, desde os primórdios até a era moderna, fazendo uma espécie de tour pela cultura. Ele aponta que muitos desses mitos têm um personagem central que é o bode expiatório - sim, você leu certo, um bode! Esse bode é escolhido para carregar os pecados da comunidade e, em princípio, resolve os conflitos. Mas spoiler alert: sacrificar um bode não é a solução ideal. Girard usa muitos exemplos, como O Antigo Testamento, para mostrar como a violência de um povo sempre acaba voltando para assombrá-lo, como um gato que não se cansa de fazer travessuras.
No capítulo da religião, Girard argumenta que as tradições e os rituais são, de certa forma, tentativas de domesticar essa violência, como se o povo estivesse fazendo um mata-leão na agressividade humana. Ele ressalta a importância da figura de Cristo, que, ao invés de ser um bode expiatório, se oferece como sacrifício, invertendo essa lógica semNoção do que estamos falando, não? A missão dele aqui é oferecer misericórdia e empatia em vez de mais violência e conflito.
Outro ponto que faz a gente pensar é o conceito de culpa coletiva. Girard nos faz refletir sobre como questões sociais são frequentemente explicadas e justificadas por meio de um único "culpado", mesmo que na verdade todos nós tenhamos uma parcela de responsabilidade. Ele dá exemplos históricos e culturais para mostrar como isso se repete ao longo dos séculos, como se a gente estivesse assistindo a uma série repetida, mas muito, muito chata.
E, se você achou que o livro ia acabar sem uma crítica à cultura contemporânea, adivinha? Girard também levanta uma sobrancelha para os padrões modernos de consumo e comportamento, argumentando que a sociedade atual ainda está agarrada a esse desejo mimético - só que agora em forma de likes, seguidores e os últimos lançamentos da moda. Vivemos em uma constante competição imaginária, como se estivéssemos em uma maratona de quem consegue ser mais popular ou ter mais coisas.
Em resumo, Coisas ocultas desde a fundação do mundo é um caldeirão de reflexões profundas e instigantes, um verdadeiro soco na cara dos tabus que nos cercam. A leitura pode não ser fácil, mas as ideias de Girard valem o esforço, e, cá entre nós, quem não gostaria de sacudir um pouco a poeira da nossa compreensão sobre o ser humano? Afinal, entender tudo isso é o primeiro passo para fazer as pazes com o bicho que existe dentro de nós sem precisar sacrificar um pobre bode!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.