Resumo de Malone morre, de Samuel Beckett
Em 'Malone morre', Beckett desafia suas expectativas em uma reflexão profunda sobre vida, morte e a ironia do tédio humano.
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se para uma viagem peculiar, onde o conceito de "morrer" é explorado com um sabor bem peculiar, digno de uma obra de Samuel Beckett. Na narrativa, encontramos o protagonista, Malone, que, se você já achou que sua vida estava complicada, ele está a um nível além do que você pode imaginar. O coitado está preso em um quartinho, sem muito o que fazer, a não ser conversar com suas próprias ideias e fantasmas.
Malone é um verdadeiro #MestreDaSolidão e se encontra num estado de semi-morte - e sim, isso é um spoiler leve, mas fica tranquilo, não vou contar como termina! Ele vai narrando sua própria história e, em vez de ter uma ação frenética, encontramos um fluxo de pensamentos que fogem de qualquer lógica. Literalmente, é como se ele estivesse tentando decifrar um enigma, mas que, no final, só leva ao mais profundo tédio e à erudição.
Durante a narrativa, Malone se permite dar uma escapada da realidade, criando personagens e histórias a partir da sua própria imaginação. Basicamente, ele se torna um escritor de si mesmo, mas em um nível tão depressivo que você questiona se ele está tentando se entreter ou se autocompassar. Em resumo, ele fala de viver e morrer, como se essas fossem as mais comuns das tarefas do dia a dia e não os maiores dilemas da existência humana.
A obra transita entre a realidade e a ficção, e você vai perceber que os limites entre esses dois mundos são tão tênues que dá até para confundir. Malone, que já é um expert em fazer filosofia de banheiro, reflete sobre sua condição, suas memórias e a inevitabilidade da morte. Ou seja, tudo isso enquanto está deitado, provavelmente sem escovar os dentes há dias.
Se você espera uma grande revelação no final, sinta-se preparado para a decepção. O grande clímax da obra é mais sutil do que você imagina, então não espere uma big band de fogos de artifício. O que você vai encontrar são insights sobre a vida, a desesperança e o quanto é engraçado - de um jeito muito sombrio, claro - como a mente humana pode querer ser a protagonista da própria tragédia.
Em suma, "Malone morre" é uma obra que desafia as suas expectativas! É como se você estivesse assistindo a um filme em câmera lenta, onde o protagonista fica conversando com as próprias ideias e você acaba se questionando: "Por que eu não fiz algo mais produtivo?" E no fim das contas, talvez, essa seja a ironia da vida apresentada por Beckett.
Se você achar que a obra é só sobre um homem morrendo, lembre-se: também é sobre a vida, o tédio e, claro, ter uma overdose de reflexões que, se você não tomar cuidado, pode acabar entrando em discussões filosóficas com amigos que não estão nem um pouco interessados.
Então, prepare seu coração e sua mente! Em Malone morre, você vai rir, vai pensar e, quem sabe, não vai sair exatamente muito feliz, mas vai sair com muitas perguntas - e isso já é um grande avanço.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.