Resumo de Os Sete Enforcados, de Leonid Andreiev
Mergulhe na profunda reflexão de 'Os Sete Enforcados' de Leonid Andreiev, onde a vida e a morte se entrelaçam em narrativas impactantes.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Se você está pensando que "Os Sete Enforcados" é apenas mais um romance do tipo "os sete anões" que se enforcam numa trama de contos de fadas, considere-se avisado: a realidade é bem mais sombria e pesada! Neste clássico da literatura russa, Leonid Andreiev não está de brincadeira. Aqui, ele nos entrega uma narrativa que faz a gente refletir sobre a vida, a morte e o que acontece com aqueles que tropeçam em suas próprias decisões, como se fossem marionetes com cordas frouxas.
A história gira em torno de um grupo de sete homens, que se encontram num momento de extrema desesperança e são, como o título já entrega (que spoiler, hein?), enforcados. Mas, calma lá! Não é só isso. A trama é envolta numa atmosfera de eco de vozes e explorações psicológicas, que nos lança em um passeio tortuoso pela mente de cada um dos condenados. Sim, meus amigos, aqui têm narrações impecáveis de arrepiar!
Antes de chegarmos ao grande evento do enforcamento, Andreiev nos brinda com uma série de flashbacks que revelam as vidas de cada um desses homens e seus respectivos dramas. Temos desde aqueles que são vítimas do sistema até outros que simplesmente tomaram a péssima decisão de emprestar um pouco de sal para o destino. A cada história contada, nos sentimos um pouco mais tristes e empáticos. Em suma, é uma carga emocional maior do que o dia de pagamento de um funcionário esperando o cheque.
E aqui vem a parte de ouro: a obra é feita de monólogos internos e diálogos que revelam a futilidade das certezas da vida. Cada um dos sete apresenta suas justificativas e reflexões a respeito do que levou cada um deles a esse fatídico encontro com a corda. E, pasmem, esse "momento cabeçudo" acaba não sendo entre a vida e a morte, mas uma reflexão sobre quais são realmente os valores que nos movem.
À medida que a narrativa avança, entendemos que o propósito da obra vai além do simples ato de se enforcar. Andreiev nos provoca a questionar: "será que a liberdade está mesmo ao alcance de quem decide tomar um caminho tortuoso?". É como se o autor quisesse bater na nossa cabeça e falar: "cuidado, turminha! Esses buracos que você cava na vida podem muito bem te levar a um jogo de roleta russa".
Se você estava aqui esperando uma conclusão amena, vazia e de final feliz, é melhor esquecer. Andreiev não é do tipo que vai te dar um happy ending em descrição de morte. O que ele quer é que você fique pensando: "e agora? O que eu faço com essa caraminhola na minha cabeça?".
E como um bom tocador de sinos, Leonid Andreiev nos deixa com uma quantidade industrial de questões e reflexões que, se engolidas de alguma maneira, podem muito bem fazer você reconsiderar suas próprias escolhas. Então, da próxima vez que você ouvir falar de "Os Sete Enforcados", lembre-se: é muito mais que uma série de infortúnios, é um mergulho na condição humana que provavelmente vai fazer você rir de nervoso. Porque, no fundo, todos nós temos nossos "enforcamentos" bem ocultos.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.