Resumo de Cidade-Empresa, de Roselia Perisse da Silva Piquet
Entenda como Roselia Piquet discute a dinâmica das cidades modernas e a crítica ao modelo de 'cidade-empresa' em sua obra instigante.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Ah, a "Cidade-Empresa"! Já até imagino você pensando: "Uma cidade que é uma empresa? E agora?!" Calma, jovem leitor! Não se trata de uma nova promoção do capitalismo onde você pode comprar uma cidade inteira na Black Friday. Neste livro, Roselia Perisse da Silva Piquet nos leva em uma viagem pelas intersecções entre as áreas urbanas e os negócios, com uma pitada de crítica social que, convenhamos, é sempre bem-vinda.
A obra começa discutindo como as cidades, mais do que nunca, estão se transformando em verdadeiras máquinas de produção de riqueza e inovação. Aqui, a autora não está falando de qualquer cidade, mas daquelas que se comportam como empresas, com foco em lucro, eficiência e desenvolvimento. É como pensar em São Paulo não só como um polígono de poluição, mas como uma "startup" em busca de investidores (ou pelo menos de um pouco de ar puro).
Roselia nos apresenta a ideia de que as políticas urbanas estão, cada vez mais, alinhadas com estratégias empresariais. Portanto, a gestão urbana ganha uma nova cara: a cidade precisa ser competitiva! Isso significa que, em vez de pensarmos apenas em qualidade de vida, devemos considerar o que a "marca" da cidade pode oferecer. E se você acha que isso é só conversa de quem assiste reality show de empresários, lamento informar que é uma tendência real e bem séria, recheada de muitos debates éticos.
Em meio a isso, a autora critica o modelo de crescimento urbano que ignora a sustentabilidade e o bem-estar dos cidadãos. Vamos combinar que usar a cidade como uma mera unidade de produção quase não traz benefícios para os humanos que vivem nela. Roselia faz uma análise dos efeitos das políticas neoliberais e de como elas impactam a vida das pessoas. Spoiler alert: a maioria dos efeitos não é exatamente positiva e ignora a necessidade de um espaço público de qualidade.
Ao longo do livro, as discussões incluem como a globalização afeta as práticas de gestão das cidades. Roselia examina o fenômeno das cidades que competem por investimentos estrangeiros como se fossem garotinhas de dez anos em um concurso de beleza, sempre querendo ser notadas. Vamos ser sinceros, isso muitas vezes resulta em uma corrida para ver quem consegue colocar mais shoppings em uma área.
A análise também toca na questão da desigualdade social, que, com essa nova lógica de cidade-empresa, só tende a aumentar. A ideia de que o desenvolvimento econômico trará benefícios a todos é, em muitos casos, uma ilusão doce. É como esperar que a fatia de bolo que sobrou após a festa seja suficiente para todos os convidados. Spoiler: vai dar briga!
Ainda assim, o livro não se limita a uma crítica avassaladora. Roselia fornece algumas sugestões para que possamos transformar nossas cidades em lugares onde a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável andem de mãos dadas, ao invés de apenas focar no crescimento econômico a qualquer custo. Afinal, não dá para viver só de números, certo?
Em suma, "Cidade-Empresa" é uma leitura essencial (ou pelo menos intrigante) para quem deseja entender a dinâmica das cidades modernas e o papel do capitalismo na configuração do espaço urbano. E não se esqueça: a próxima vez que alguém falar em "cidade-empresa", você sabe que não está falando de uma nova franquia de fast-food, mas de um verdadeiro campo de batalha entre desenvolvimento e qualidade de vida!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.