Resumo de Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto
Mergulhe na história de Policarpo Quaresma, um patriota sonhador que desafia a realidade brasileira. Prepare-se para rir e refletir sobre o amor à pátria.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, Triste Fim de Policarpo Quaresma! Uma das obras mais emblemáticas da literatura brasileira, onde um homem mais apaixonado pela sua pátria do que por si mesmo acaba se metendo em situações que fariam qualquer um pensar duas vezes antes de se declarar um "patriota fervoroso". Vamos lá!
Policarpo Quaresma é um funcionário público. Sim, um funcionário público! O que já é, por si só, motivo para alguns olhos se revirarem. Ele é aquela pessoa que vive com a cabeça nas nuvens, sonhando com um Brasil mais maravilhoso, enquanto a realidade amarga de um país em decadência dá algumas porradas na sua utopia. Em sua busca insana por um ideal nacionalista, Policarpo decide que, em vez de se preocupar com as coisas do cotidiano, como pagar contas ou comprar pão, ele vai se dedicar a "salvar" o Brasil, ou melhor, a fazer do Brasil um lugar melhor. Coisa de gente que gosta de complicar a vida, né?
Nos primeiros capítulos, Policarpo resolve que a solução dos problemas do país está em coisas bem práticas, como plantar um pé de feijão na praça e cantar hinos nacionais. É, meu amigo, essa é a tática que busca! Mas como essas ideias estão longe da realidade brasileira de corrupção e desilusões, claro que a história logo dá uma guinada para um lado triste. Não vamos dar spoilers (não que quem leia Lima Barreto espere um final feliz), mas, como você pode imaginar, os planos de Policarpo vão de mal a pior.
Seu grande amor pelo Brasil vai levá-lo até a se envolver em aventuras pouco comuns, e suas tentativas de promover a "cultura nacional" incluem experiências exóticas, como se tornar um guerreiro numa guerra insana, em que ele sequer é chamado para lutar! E se você acha que ele é só um patriota mas às vezes equivocado, prepare-se, porque o senhor Quaresma também enfrenta uma série de percalços com a sua família e a sociedade que o cercam, que olham para ele como "aquele doidão".
Além disso, Triste Fim de Policarpo Quaresma expõe a hipocrisia da sociedade carioca da época, fazendo da obra uma crítica ao nosso eterno complexo de vira-lata. Policarpo, embora um personagem do início do século XX, representa bem os dilemas que muitos brasileiros ainda enfrentam quando se trata de amor à pátria e frustração com a corrupção e a injustiça social. O que, convenhamos, nunca sai de moda. Afinal, quem não vai de Utopia a uma profunda crise de identidade nacional em dias difíceis?
Então, se você está pronto para ver um "herói" diferente na literatura brasileira, que mais parece um trágico cômico, Triste Fim de Policarpo Quaresma é a obra perfeita. Prepare-se para rir, chorar e, talvez, se identificar com esse compatriota um tanto maluco. O final? Bom, como nada na vida é perfeito, anote aí que o fim de Policarpo é - spoiler alert! - realmente triste.
E assim, fica a lição: amar o Brasil é fácil, só não vai achando que você vai conseguir mudar tudo com um punhado de ideias mirabolantes e bons sentimentos. O que fica é a reflexão: será que não estamos todos um pouco como Policarpo, sonhando acordados em tempos não tão bons? No mais, aproveite a leitura e faça uma boa análise do que significa ser brasileiro, com ou sem feijão plantado no quintal!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.