Resumo de Nada ortodoxa: Uma história de renúncia à religião, de Deborah Feldman
Mergulhe na história de renúncia de Deborah Feldman em 'Nada ortodoxa' e descubra a jornada de liberdade e auto-descoberta de uma mulher ousada.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Em "Nada ortodoxa: Uma história de renúncia à religião", Deborah Feldman nos dá um vislumbre inspirado e, por que não dizer, revolucionário na vida de uma mulher que se despede da vida ortodoxa judaica. E quando digo "despede", estou falando de uma daquelas despedidas de balada que você não sabe se é pra chorar ou rir - e, nesse caso, ela decidiu fazer as duas coisas.
Nossa protagonista, mesmo após a sua criação numa comunidade ultraortodoxa de Nova York, incluindo mães que vão ao supermercado com 15 filhos num carro que mais parece uma Kombi, decide que já tinha dado o que tinha a dar na sua vida de regras, yarbles, e mais regras. E quem pode blame her? Imagine ter que dividir sua vida entre rezar, não usar certas roupas e seguir tantos mandamentos que no final das contas, você nem sabe se é mais uma pessoa ou um robô programado para ser obediente.
O livro é um verdadeiro passeio por sua jornada de auto-descoberta - algo que pode parecer uma piada, mas é muito sério. Ela começa questionando a intenção de viver segundo dogmas que não a representavam, e logo se vê em um labirinto de desafios, absolutamente determinada a abalar a estrutura e tudo que aprendeu, principalmente quando o assunto é o que é ser mulher na sociedade que a cercava.
Entre desencontros amorosos e a redescoberta da própria identidade, Feldman nos conduz por experiências que nos fazem pensar. Ao mesmo tempo que ela se despede das tradições que a sufocavam, encontramos a coragem e a determinação quando se quebra o espelho de uma vida baseada em normas. E ah, os spoilers aqui estão presentes, então prometo não revelar muito mais! Mas aviso que as reviravoltas são muitas.
A autora também fala sobre a relação com sua família, uma espécie de "você-me-rejeita-e-eu-te-rejeito-de-volta". É um drama digno de uma novela mexicana, mas com uma profundidade que toca mais fundo.
Além das questões pessoais, Feldman aborda a crítica a um sistema que marginaliza as mulheres (sim, estamos aqui de olho em você, patriarcado). E, meu amigo, se na sua cabeça a palavra "renúncia" remete a algo suave, é bom preparar o coração. Essa renúncia é cheia de batalhas, lágrimas, algumas vitórias e, claro, a sensação de estar voltando a ser a protagonista da sua própria vida.
Ao final, "Nada ortodoxa" é um manifesto que faz você rir e chorar ao mesmo tempo, enquanto se questiona sobre suas próprias renúncias na vida. Afinal, quem não já pensou em sair correndo de um sistema que parecem ter sido desenhados só para nos controlar?
Então, se você tem coragem suficiente, pegue sua pipoca e embarque nessa leitura que é, ao mesmo tempo, uma jornada pessoal e um grito de liberdade!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.