Resumo de Homem Comum, de Philip Roth
Mergulhe na crítica afiada de Philip Roth em 'Homem Comum' e descubra como a normalidade pode ser uma ilusão. Uma leitura provocativa e reflexiva.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você sempre sonhou em ser um "homem comum" em um mundo onde a normalidade é quase tão escassa quanto moeda de um centavo, Philip Roth te convida a uma jornada repleta de devaneios, crises de identidade e um olhar afiado sobre a sociedade. Em Homem Comum, acompanhamos o protagonista, um tipão do subúrbio chamado Seymour "Sy" Levov, que é tipo aquele amigo que parece ter tudo sob controle, porém, no fundo, está tão enrolado quanto fone de ouvido após um dia de uso.
Sy é o epítome do "sonho americano". Ele cresceu em uma família de imigrantes e se tornou um empresário de sucesso, casado com uma beldade e com uma vida que parece mais fotogênica do que foto de Instagram. Mas, claro, como em toda boa narrativa, as coisas não vão tão bem assim. E é aqui que o enredo começa a se desenrolar, como um rolo de papel higiênico em um dia sem água.
A história se desenrola em torno da vida de Sy, que, de "homem comum", vai se transformando em algo mais parecido com um "homem problemático". A primeira mudança vem através de sua filha Merry, uma jovem que, após um incidente traumático, decide adotar caminhos questionáveis (aparentemente qualquer um pode ser um terrorista em tempos de crise). Merry se torna um símbolo de rebeldia e caos, e Sy, mesmo sendo o típico "pai de família", não consegue compreender os motivos que levaram sua filha a fazer essas escolhas. Pior que isso é: ele sente que as expectativas acerca da sua vida de "homem comum" estão desmoronando como se fossem um castelo de cartas em dia de vendaval.
Spoiler: lá pelas tantas, essa pressão em aceitar seu papel social e lidar com os fantasmas da vida vai testar (e muito) a paciência de Sy. O que ele descobre? Que, escuta essa, a vida não é um roteiro de comédia romântica, mas um drama cheio de reviravoltas, e que até o "homem comum" tem suas limitações.
A narrativa é permeada por reflexões profundas sobre identidade, a busca pela normalidade e as tensões entre o que se espera de nós e quem realmente somos. Roth usa uma prosa afiada e irônica para explorar como muito dessa "comumidade" é uma ilusão. Em resumo, o livro nos faz pensar se ser "comum" é realmente um lugar seguro ou só uma forma de nos escondermos atrás de um personagem que, na verdade, não existe.
Então, se você está em busca de um retrato da vida em sua complexidade e nuances, Homem Comum é um convite a olhar para o espelho e: uma, duas, três vezes, duvidar do que você vê. Afinal, quem é realmente "comum" em um mundo que adora chacoalhar as coisas?
Prepare-se para uma leitura que é mais do que o cotidiano: é um bom soco no estômago da mesmice, e, por que não, uma gargalhada nervosa nas entrelinhas.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.