Resumo de Macunaíma: o Herói sem Nenhum Caráter, de Mário de Andrade

Mergulhe na obra 'Macunaíma' de Mário de Andrade e conheça o anti-herói que reflete a cultura brasileira e suas contradições. Ria, questione e reflita.

Ah, Macunaíma. Se você está em busca de um personagem que exemplifica a falta de caráter em sua plenitude, então você acaba de encontrar! Escrito por Mário de Andrade, esse livro é uma verdadeira viagem pelo Brasil, recheado com a mistura de realismo, folclore e uma pitada de surrealismo. Prepare-se para rir, chorar (ou talvez apenas se perguntar "O que eu estou lendo?") enquanto acompanha as peripécias do anti-herói mais carismático da literatura brasileira.

A história gira em torno de Macunaíma, um rapaz que pode ser chamado de tudo, menos de herói. Nascido na floresta amazônica, mais especificamente na Selva Bruta, ele é um cara sem muitos valores, mas que, mesmo sem caráter, tem uma habilidade incrível de se meter em confusões. O seu lema? "Fiz uma coisa errada e em seguida vou fazer outra." Macunaíma é a personificação do jeitinho brasileiro, aquele que não tem muito compromisso com nada, exceto com a sua própria conveniência.

Logo no início, nosso herói (ou anti-herói, como você preferir) se vê sem sua amada Mae (ou mãe), que é uma representação de tudo que é sagrado, mas que, claramente, não importa muito para ele. Macunaíma é um personagem que flui e reflete a cultura brasileira, onde ele se transforma em um verdadeiro "bandeirante" das ideias e preconceitos da época. Ah, e ele consegue se transformar num herói até que você tenha a impressão de que está mais para um vilão ou um bobalhão.

O enredo se desenrola com uma série de pequenas histórias dentro da grande história. Macunaíma dá uma volta pelo Brasil e encontra figuras tão excêntricas quanto ele. Entre encontros e desencontros, ele faz amizade com personagens como a temida Cuca, uma bruxa que, ao que parece, tem uma queda por ele e até o tenta em seus planos. E se você esperava que ele se tornasse um herói ao longo da narrativa, pode ir tirando o cavalo da chuva, porque Macunaíma não está nem aí para isso!

E a trama caminha, através de uma linguagem rica e muito peculiar. Andrade usa o linguajar típico das diversas regiões do Brasil, recheando tudo com uma dose de ironia e crítica social. O que dizer da passagem em que Macunaíma conhece a civilização, mas decide que, ao invés de se adaptar, é muito mais divertido ser um marginal? Spoiler Alert: ele não amadurece, longe disso!

Entre tantas confusões e aventuras, o livro é uma ode ao que poderia ser considerado "brasilidade" e, ao mesmo tempo, um tapa na cara das convenções sociais. Macunaíma é o cara que representa a mente do povo brasileiro - cheio de soluções imaginativas, mas sem comprometimento algum. E, no fim das contas, fica claro que o seu "herói" é só um reflexo de suas aspirações e frustrações.

Para aqueles que acham que Macunaíma terminará como todos os heróis tradicionais, é melhor se prepararem! Ele acaba retornando à floresta e, em sua essência, continua a ser o mesmo: um cara sem caráter que só quer se dar bem. O livro termina em uma nota que faz você questionar tudo que pensou sobre heróis.

Portanto, se você está procurando por uma leitura que te faça rir, questionar e, acima de tudo, refletir sobre a cultura brasileira - sem os clichês de heróis convencionais - Macunaíma é o seu destino. Cuidado, though: ao final, você pode se sentir mais perdido sobre o que é ser um "herói" do que quando começou!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.