Resumo de Conhecimento humano: Seus escopos e seus limites, de Bertrand Russell

Mergulhe nas reflexões de Bertrand Russell sobre o que é saber de verdade e como aceitar nossas limitações pode ser libertador. Conheça o livro 'Conhecimento Humano'.

Se você estava achando que poderia ser um gênio do conhecimento apenas por ter lido uns três posts no Facebook e assistido a algumas TED Talks, Bertrand Russell pode ser o balde de água fria que você precisava. Em Conhecimento humano: Seus escopos e seus limites, o filósofo britânico se propõe a explorar, como um verdadeiro detetive do saber, as nuances do que significa "saber" e quais são os limites desse conhecimento. Então, prepare-se para uma viagem que pode deixar você mais pensativo do que você estava ao ler as legendas do Instagram.

Russell começa seu passeio filosófico esclarecendo a diferença entre conhecimento a priori (aquelas informações que você acha que sabe, mesmo sem olhar para o lado) e conhecimento empírico (sabe aquele conhecimento que você só vai descobrir quando tenta cozinhar e a receita pede "incorpore o leite aos poucos"?). Ele argumenta que ambos os tipos de conhecimento têm suas aplicações e limitações, e talvez, só talvez, você tenha que prestar um pouco mais de atenção à realidade do mundo ao seu redor - cuidado, isso pode te salvar de algumas furadas!

E aqui vem a parte mais interessante: Russell começa a delirar sobre a natureza do conhecimento. A mente humana, segundo ele, é como um computador super antigo, cheia de bugs e que, mesmo com a melhor conexão de internet (ou seja, acesso a dados e experiências), pode apresentar um download emocional bem lento. Afinal, quem não se confunde ao ouvir, por exemplo, que um "vegetariano pode comer frango" (sim, essa frase já foi dita, e não, não faz sentido). Portanto, nosso querido filósofo sugere que devemos ter cuidado ao afirmar que sabemos qualquer coisa.

O filósofo também discute a importância da lógica e da razão, quase como um manual de etiqueta para o pensamento. Sabe aquele amigo que traz teorias da conspiração em qualquer conversa? Russell estaria ali, apontando a lógica falha e fazendo com que você deseje inventar uma desculpa para não escutar mais. Ele salienta que sem um raciocínio estruturado, o conhecimento pode ser mais mirabolante do que a história do menino que viu um ET no quintal.

Agora, atenção! Spoilers à frente: um dos pontos mais impactantes do livro é quando ele conclui, em um tom que poderia causar um dramático efeito de queda de queixo, que há muito que não sabemos. E aqui está a verdade nua e crua: podemos passar a vida inteira estudando, lendo e experimentando, mas sempre haverá algo que nos escapará. Pode ser a culpa daquele cientista que passou a vida em uma pesquisa e ainda não obteve resposta. Você só precisará aceitar isso (e talvez comprar um caderno para anotar as questões pendentes).

Em suma, Conhecimento humano: Seus escopos e seus limites é como aquele amigo que tem a resposta de tudo, aliás, ele se acha, mas que, no fundo, sabe que não consegue dar conta nem do próprio conhecimento. Russell nos convida a olharmos para a vastidão do que não sabemos e a lidarmos com isso de forma construtiva. E assim, entre piadas e reflexões, ele nos ensina que aceitar a incerteza é o primeiro passo para um conhecimento mais profundo - e isso pode ser a chave para não viver perdidos no nosso próprio universo de suposições.

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.