Resumo de Da Certeza, de Ludwig Wittgenstein
Explore as reflexões profundas de Wittgenstein em 'Da Certeza' e questione a natureza do conhecimento e a incerteza da vida.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Se você já se pegou pensando "mas será que eu realmente sei o que sei?", então prepare-se para uma reflexão profunda e, quem sabe, até um pouco confusa, porque Ludwig Wittgenstein está aqui com Da Certeza! Esse filósofo austríaco (que, convenhamos, poderia facilmente ser confundido com o nome de um grande ícone musical) se atreve a mergulhar nas águas turvas sobre o conhecimento e a certeza - e acredite, ele faz isso sem um colete salva-vidas.
O livro, que é uma conversa íntima mas pública, surge como uma série de notas que Wittgenstein escreveu entre 1932 e 1936, e se apresenta como uma espécie de abacaxi cerebral. Temos um festival de questões epistemológicas que parece mais um jogo de perguntas e respostas onde a maioria dos participantes está tentando descobrir se o que sabe é a verdade ou apenas uma impressão do que é real. Em outras palavras: é uma viagem onde você pode muito bem se perder e, quem sabe, encontrar-se novamente (ou não).
Logo de cara, Wittgenstein nos questiona sobre a ideia de "certeza". Para ele, a certeza não é apenas saber que algo é verdade, mas também envolve aspectos das nossas práticas e formas de vida. Ou seja, ele defende uma visão bem prática e quase descontraída da filosofia. Acordou, tomou café e, enquanto a torrada queimava, pensou que a certeza de que a torrada era comestível era, na verdade, muito relativa. Se tivesse uma confraria das torradas, certeza haveria, mas, no mundo real, quem garante que a sua não é uma torrada queimadinha coreana?
Na sequência, o filósofo dá uma de detetive e investiga a noção de dúvida. A pergunta aqui é: como podemos duvidar de algo que tomamos como certo? Como tirar uma selfie com a certeza de que a dúvida nunca vai aparecer na nossa timeline? Para Wittgenstein, a dúvida se torna cada vez mais complexa à medida que nos deparamos com as redes sociais da vida real: "eu não deveria duvidar da verdade da torrada que eu mesmo fiz, certo? Ou melhor, poderia ser que a torrada fosse uma miragem?". E assim, uma série de inquietações se desdobram sobre a base sólida (ou não) da certeza.
Ah, não podemos esquecer o bom e velho conceito das "jogadas de linguagem". Wittgenstein é como um grande maestro que orquestra uma sinfonia de significados e contextos. Ele nos ensina que a linguagem é traiçoeira e suas nuances podem mudar o jogo. Uma mesma frase pode ser um elogio, uma crítica ou um convite para tomar um café, dependendo do tom e da situação. Imagine a confusão se você confundir um convite para o café com um pedido de desculpas; a certeza acaba virando um grande mal-entendido.
E aqui vai um spoiler clássico de Wittgenstein: ele sugere que não existe um ponto final para a certeza. O que parece certo hoje pode ser jogado na fogueira das incertezas amanhã. Nem mesmo a torrada que parecia perfeita está a salvo.
Ao final de Da Certeza, você pode se sentir como um oráculo confuso que ficou babando de tanta reflexão. Ao mesmo tempo, é como se você tivesse ganhado superpoderes para questionar tudo ao seu redor, desde as torradas até as verdades absolutas que habitam seu dia a dia. Prepare-se para entrar em um mundo onde a única certeza é que você vai ter muitas perguntas e, possivelmente, um desejo incontrolável de debater com amigos sobre o significado da vida e, na dúvida, encomendar outra torrada.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.