Resumo de Dos Delitos e das Penas, de Cesare Beccaria
Mergulhe nas críticas de Beccaria sobre justiça e pena em 'Dos Delitos e das Penas'. Uma reflexão necessária sobre ética e direitos humanos.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Ah, Dos Delitos e das Penas, essa é uma obra que vai fazer você pensar duas vezes antes de cometer um crime, ou pelo menos escolher o crime certo! Escrita pelo iluminado Cesare Beccaria, o livro é um manifesto que faz uma crítica ao sistema penal do século XVIII, e também é um dos primeiros a discutir temas como justiça, pena e direitos humanos. Se você achava que a vida de um criminoso era glamourosa, com certeza vai repensar suas escolhas!
Começando pela introdução, Beccaria nos apresenta as bases do que ele acredita ser a justiça perfeita. Ele defende que as leis devem proteger o cidadão e a sociedade, e não, não, servir apenas para punir. Ele propõe uma racionalidade na legislação, algo que, convenhamos, é mais do que muitos sistemas judiciais conseguem fazer ainda hoje. E aqui vai um spoiler: Beccaria acha que as penas devem ser proporcionais ao crime. Uau, quem diria?
O autor vai além e discute a questão da pena de morte. Para ele, essa é uma atrocidade, um ato de barbaridade que não traz justiça nem prevenção. Segundo Beccaria, a existência da pena de morte é um claro sinal de um estado que fracassou em educar seus cidadãos. Ou seja, se você estiver pensando em fazer justiça com as próprias mãos, pode esquecer. Ele argumenta que a educação é a arma mais poderosa, e que um estado livre e justo deve investir nela, em vez de promover um espetáculo de punição.
Na sequência, Beccaria menciona a importância da prevenção ao invés de simplesmente punir. Ele fala sobre a eficácia das leis e como a excessiva severidade pode ser mais prejudicial do que benéfica. Imagine só: uma pena tão pesada que faz as pessoas ficarem até mais criativas para driblar a lei! O autor também defende que as leis devem ser claras e públicas, pois ninguém gosta de ser surpreendido por algo que não sabia que poderia ser considerado crime. E convenhamos, pegar uma multa por estacionar mal e não saber que era proibido é uma das piores coisas que podem acontecer na vida!
Mas não para por aí! Beccaria critica o uso do sistema judicial como um espetáculo. Ele argumenta que o ideal é evitar que os juízes se tornem moralistas ou que usem a justiça como forma de exercer poder. Numa passagem cheia de ironia, ele sugere que as penas devem ser aplicadas de forma a reabilitar o criminoso e não apenas fazer dele um objeto de vergonha pública. A ideia de transformar o preso em um ser humano novamente é uma das propostas mais inovadoras do livro.
Beccaria também traz à tona questões sobre a tortura e os processos judiciais. Sim, meus amigos, ele está aqui para te lembrar que não dá para ser cruel e ainda ter uma sociedade civilizada. O autor argumenta que torturar um criminoso para obter uma confissão é não só antiético, mas também ineficaz. Se você já assistiu a um filme onde o vilão se revela sob tortura, Beccaria deve estar balançando a cabeça em desaprovação.
Por fim, a obra é um verdadeiro grito de liberdade e justiça. Beccaria nos convida a refletir sobre o papel do estado na vida dos indivíduos e como a pena não deve ser apenas um castigo, mas um meio de promover a paz social. No fundo, ele só queria que a sociedade fosse um lugar mais justo e humano. E cá entre nós, seria tão difícil assim?
Então, se você quiser entender como a justiça deveria funcionar e por que tortura e pena de morte não têm vez num mundo ideal, Dos Delitos e das Penas é a leitura perfeita! Prepare-se para uma boa dose de filosofia e crítica social que, mesmo no século XVIII, já estava muito à frente do seu tempo.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.