Resumo de Breve Compêndio e Narraçam do Fúnebre Espectáculo, Que na Insigne Cidade da Bahia, Cabeça da América Portugueza, se Viu na Morte de El Rey D. Pedro ... Senhor Dom João V, Rey de Port
Resumo de Breve Compêndio e Narraçam do Fúnebre Espectáculo, Que na Insigne Cidade da Bahia, Cabeça da América Portugueza, se Viu na Morte de El Rey D. Pedro ... Senhor Dom João V, Rey de Portugal, de Sebastião da Rocha Pita
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, a morte do rei! A ocasião perfeita para Sebastião da Rocha Pita se esbaldar narrando um espetáculo fúnebre que, se não era exatamente um festival de sorrisos, pelo menos tinha seus momentos de "dramaturgia" dignos de um Oscar... ou talvez apenas de um aplauso educado. Este livro, cujo título é quase um mini-trote, nos oferece um mergulho profundo (mas não sem certa leveza) no evento que marcou a Bahia em tempos de realeza!
Vamos às aventuras narrativas! A obra começa com a chatice típica quando um rei morre: preparem os lencinhos e chamem o coveiro! D. João V, o carismático rei de Portugal que, vamos ser sinceros, não estava exatamente esperando a visita da cegonha da morte, caiu de mãos dadas com o além-túmulo. E o que fazer em uma situação dessas? Uma baita cerimônia fúnebre, claro! E quem melhor para contar essa história do que nosso amigo Rocha Pita, que narra os pormenores como se estivesse descrevendo um desfile de moda?
O evento, que se desenrolou na "insigne" Bahia (ou seja, já dá pra imaginar a quantidade de pessoas se espremendo nas ruas, como se fosse um carnaval fora de época), começou com um banzai quase teatral. As ruas foram engalanadas, os nobres foram convocados e, claro, todos estavam mais para funerais do que para festividades felizes. Se você já viu um cabaré triste, é mais ou menos isso: pessoas de luto, sem samba no pé, mas com muito lero-lero.
Um ponto alto da narrativa é a precisão cirúrgica com que Rocha Pita descreve a pompa e o esplendor dos rituais: desde os badalos de sinos chorosos até os gritos dramáticos de viúvas enlutadas. E não vamos esquecer da decoração do local, que provavelmente envolvia mais tecidos pesados do que qualquer moda do século XVIII tinha direito. É quase um tutorial de como fazer um evento fúnebre e dar uma palhinha de horror e glamour ao mesmo tempo.
E não é só isso! O autor também faz questão de incluir relatos emocionantes sobre como a população reagiu ao evento. Imaginem as conversas anedóticas, acompanhadas de gestos exagerados, enquanto as pessoas especulavam sobre a vida do rei, como se ele fosse um personagem de novela (spoiler: ele não era). Ah, a humanidade, sempre tão cheia de drama, mesmo na hora de se despedir!
Ao final, a obra se torna um manifesto de como as cerimônias fúnebres eram, para aqueles tempos, um grande acontecimento social. Nada de celulares para selfies, mas muitos olhares resignados e lágrimas que, convenhamos, pareciam não ter fim. Isso é praticamente um crash course sobre o que significa ser nobre na hora de ir ao "lado de lá".
Se você está pensando em como era a vida nas colônias portuguesas, ou apenas quer saber como organizar um velório que seria a inveja de qualquer celebridade, tire o chapéu para Sebastião da Rocha Pita e mergulhe nesta peça de história que, por mais sombria que possa parecer, não deixa de ter seu charme!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.