Resumo de Quincas Borba, de Machado de Assis
Mergulhe nas ironias de Machado de Assis em 'Quincas Borba', onde riqueza e hipocrisia criticam a sociedade do século XIX com humor e profundidade.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Se você pensou que "Quincas Borba" seria apenas mais uma história de um autor clássico brasileiro, sinto muito em informar que você se enganou! Aqui, Machado de Assis nos apresenta uma comédia mais depressiva do que o último episódio da sua série favorita. Vamos lá!
Começamos com Rubião, um ingênuo provinciano que se vê no meio de uma montanha de problemas. Ele acaba herdando uma fortuna de seu amigo, o falecido Quincas Borba, que, como um verdadeiro filósofo maluco, propôs um sistema de crenças chamado de "humanitas". Calma, não é uma seita! É mais como uma reflexão sobre a condição humana e a sua relação com a sociedade, ainda que rubião, mais perdido que cego em tiroteio, não pegue muita coisa.
A história avança e Rubião, que era um simples professor de filosofia, se transforma em um milionário (que provavelmente não sabe como lidar com a grana). Ele se muda para o Rio de Janeiro, onde encontra um mundo de glamour e falsidades, que o envolvem como um abraço de urso! Aqui, ele dá de cara com a alta sociedade carioca e, claro, logo se vê rodeado de pessoas que se interessam mais pela sua fortuna do que pela sua bela alma.
As situações vão de mal a pior, com Machado desconstruindo cada ideia de moralidade e amizade. O autor nos apresenta o casal Palha e Maria, que são os representantes mais caricatos da hipocrisia social. Palha é um picareta que corre atrás do dinheiro de Rubião e Maria, uma pessoa que tem uma relação "interessante" com o protagonismo. No meio disso tudo, temos a famosa frase: "Ao vencedor, as batatas!", que já te dá uma amostra do que vem por aí, ou seja, um desfile de traições e desilusões.
Spoiler Alert! (e não é só no final, mas ao longo da história). Rubião começa a passar por uma transformação aterrorizante. É tipo um "Caminho de Santiago", mas sem as bênçãos do padre, ele acaba percebendo que a riqueza não traz felicidade - uma lição que ouvimos em cada reunião de grupo dos autoajudantes. E ao se ver consumido por essa crise existencial, já dá para imaginar que a "humanitas" não ajudou nada, não é mesmo?
No final das contas, "Quincas Borba" é uma crítica profunda e irônica da sociedade brasileira do século XIX, onde a fortuna muda pessoas, as relações são movidas por interesses e tudo é um grande teatro. E assim, Machado nos deixa refletindo sobre nossa própria "humanitas" - ou a falta dela. Prepare-se para dar boas risadas e reflexões profundas ao longo do livro, porque, como sempre, Machado de Assis sabe como fazer uma crítica social sem perder a leveza da ironia.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.