Resumo de Elite da Tropa II, de Rodrigo Pimentel
Entenda a dura realidade dos policiais do BOPE em Elite da Tropa II. Rodrigo Pimentel mergulha em dilemas éticos e uma crítica social intensa.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Se você pensou que "Elite da Tropa II" seria mais uma balinha de hortelã no mundo da literatura, é melhor se preparar, porque Rodrigo Pimentel vem com aquele baque de realidade que nem toda série de TV sobre crime ousaria mostrar. Aqui, a vida das forças especiais da polícia é retratada com uma dose cavalar de adrenalina e um pitada de cinismo que fariam até o mais destemido dos heróis de Hollywood pensar duas vezes antes de entrar numa missão.
O livro começa onde a primeira parte parou, mas como tudo na vida (e especialmente nas ficções policiais) não é só correr e dar xablate no inimigo. Aqui, o autor mergulha fundo na rotina desgastante e muitas vezes frustrante dos policiais do BOPE, a divisão de elite que faz o trabalho sujo numa cidade onde o crime insiste em ser o "anfitrião" na festa. Pimentel nos apresenta não só a ação, mas também os dilemas éticos e as relações pessoais que estão em jogo. Spoiler: não é só tiro e porrada!
A narrativa é pontuada por capítulos que quase funcionam como curtas-metragens de tensão, onde há uma combinação perfeita entre estratégias militares, investigação e uma crítica social mordaz. É aqui que você percebe que, apesar de todo o treinamento e equipamentos, a luta contra o tráfico e a corrupção é uma batalha quase perdida. E sim, vamos combinar que "batalha perdida" é uma descrição bem otimista para a realidade caótica que os personagens enfrentam.
Além disso, a linguagem do livro é tão crua e autêntica que parece que você está ouvindo os próprios policiais contarem suas histórias ao redor de uma mesa de bar - só que sem as balas de chopp. Pimentel não enfeita a situação; ele joga na sua cara a dureza do dia a dia dessas pessoas que, muitas vezes, são mais do que máquinas de combate. Aqui, o fator humano é um aspecto crucial que traz um frescor ao cenário pesado.
A vida pessoal dos personagens, as frustrações, os desentendimentos familiares e a falta de apoio acabam sendo o pano de fundo para a ação. A parte psicológica é tão crucial quanto as operações em si. E, para quem pensava que era só apertar o gatilho, a lição é clara: a mente é um campo de batalha tão intenso quanto as ruas do Rio de Janeiro.
E agora vamos ao ponto mais tenso: não dá para dar mais detalhes sem contar spoilers, mas posso afirmar que o final é como um tiro de canhão - explosivo e impactante, e claro, deixa um gosto amargo na boca. A vida dos personagens é marcada por escolhas que custam caro, e você pode ficar se perguntando até que ponto essas decisões são justas ou aceitáveis. No final das contas, o autor deixa muitas perguntas sem resposta, e não é à toa.
Então, se você ainda está em dúvida se deve ler "Elite da Tropa II", pare e pense: você quer entender a realidade por trás das facções e da guerra nas ruas, ou prefere continuar achando que tudo se resolve na base do "clique e compre"? Esse livro é um daqueles que não oferece respostas fáceis, mas pelo menos joga uma luz onde muita gente prefere manter as coisas no escuro. E lembre-se: a verdadeira batalha não é apenas contra o crime, mas também contra a própria sombra que cada um carrega.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.