Resumo de Parnaso Real, Epithalamico, Panegyrico, e Geographico: Dividido em Tres Partes, e Offerecido A' Serenissima Senhora D. Maria, Princeza Dos Brazis, Duqueza de Bragança, e ao Serenissi
Resumo de Parnaso Real, Epithalamico, Panegyrico, e Geographico: Dividido em Tres Partes, e Offerecido A' Serenissima Senhora D. Maria, Princeza Dos Brazis, Duqueza de Bragança, e ao Serenissimo Senhor D. Pedr, de Jerónimo Bernardo Osório de Castro
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
A obra "Parnaso Real, Epithalamico, Panegyrico, e Geographico" do autor Jerónimo Bernardo Osório de Castro é um verdadeiro baile de palavras, onde o autor tenta agradar os nobres seus patronos, com uma mistura oficiosa de elogios e informações geográficas. É como se Castro estivesse tentando conquistar o coração da princesa D. Maria, enquanto faz um tour pela geografia do Brasil, tudo isso em um estilo que poderia ser descrito como "Poética 1.0".
Este livro é dividido em três partes, como um lanche gostoso que vem com sobremesa. Primeiramente, temos o epithalamico, que não é mais do que uma ode ao matrimônio, com um aplauso entusiástico ao amor. Aqui, Castro faz questão de caprichar nos elogios à D. Maria e ao seu aristocrático noivo, puxando um pouco de sardinha para o seu lado, é claro. Um verdadeiro "D. Maria, você é um arroz de festa!".
Em seguida, passamos para a parte panegyrico, que traz uma série de louvações e hipérboles que fariam até o mais modesto dos mortais corar. Tem que ter muita coragem para se deparar com tanto elogio, não é mesmo? É um verdadeiro desfile de superlativos, onde cada conquista dos nobres é apresentada como se fosse uma vitória dos heróis da mitologia. E cá entre nós, quem não gostaria de ouvir que é o melhor em alguma coisa... mesmo que seja só para causar inveja nos vizinhos?
Por fim, a parte geográfica é onde o autor mostra seu conhecimento sobre as terras brasileiras, como um mapa-múndi que ganhou vida e decidiu fazer uma caminhada. Aqui, Castro compõe visões que mezclan a geografia com um toque de lirismo poético. Ele transforma o sereno do Amazonas em um soneto e as montanhas de Minas em uma ode à grandiosidade. Se ele quisesse, poderia ter sido um guia turístico, mas preferiu seguir a carreira de poeta.
O projeto era ambicioso: fazer uma obra que não apenas celebrasse a aristocracia, mas que também desse um panorama bonito do Brasil e enaltecesse o amor. E como toda obra da época, temos que lembrar que a flor e a folha são mais do que decoração, são uma parte essencial do discurso. A prosa de Castro, por mais que possa fazer alguns leitores sonolentos, é cheia de encanto e artifícios literários.
Spoiler alert: Se você esperava que a história terminasse em um grande casamento com pompa e circunstância, sinto muito, você pode ter que consultar outra obra para isso. Aqui, a festa não é tão explícita e, assim, fica a impressão de que o autor estava focado nas belezuras do caminho ao invés de um desfecho bombástico.
Em suma, não espere um thriller ou uma aventura de tirar o fôlego. Em "Parnaso Real, Epithalamico, Panegyrico, e Geographico" você encontra um mosaico de elogios, paisagens e um pouco do espírito da época, tudo isso temperado com um toque poético para agradar a nobleza e, claro, as ambições do poeta em ser visto como um dos grandes da sua época. Prepare-se para uma leitura que mais parece um banquete de palavras!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.