Resumo de Poema sujo, de Ferreira Gullar
Mergulhe na reflexão profunda de 'Poema Sujo' de Ferreira Gullar, um grito visceral por liberdade e crítica social que ecoa até hoje.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
"Poema sujo" é uma daquelas obras que deveria vir com um aviso: Cuidado, você pode ficar profundamente reflexivo, mas também extremamente confuso. Ferreira Gullar, o nosso poeta de goela afiada e alma inquieta, nos apresenta este poema que é, com certeza, um grito visceral por liberdade - e não estamos falando da liberdade de ir ao banheiro sem que ninguém bata à porta!
Publicada no exílio, em meio a uma ditadura que mais parecia uma festa de más ideias, a obra é uma ode ao seu próprio lar, à sua identidade e à sua luta contra a opressão. Gullar nos leva por um turbilhão de lembranças, sentimentos e imagens, como se tentasse limpar a sujeira (da qual o título já nos alerta) não só da vida pessoal, mas da vida coletiva do Brasil. Aliás, se você achava que só a sua casa precisava de uma faxina, é melhor revisar as ideias!
O poema é dividido em partes que flutuam entre a memória e a realidade. Gullar utiliza uma linguagem rica, fazendo com que cada verso seja como um tapa na cara de quem se atreve a ignorar a história. Ele nos conta sobre a vida em São Luís, suas observações sobre a pobreza, a beleza conturbada da cidade e os fantasmas que povoam essa trajetória. Aqui, spoiler alert! - ele deixa claro que a sujeira vai muito além do chão. É uma sujeira social, política e existencial que se incrusta na alma.
A relação com o eu-lírico também é rica em nuances. Ele se debate entre o ser e o não ser, entre suas raízes e o desejo de voar longe. É como um adolescente tentando escolher entre a balada e a casa da vovó. Gullar revela o que sente ao ver sua terra natal - um misto de amor, desesperança e um toque de saudade que poderia até ser trilha sonora de uma novela das oito.
Os versos são um convite para refletirmos sobre o que somos e de onde viemos, ou seja, um daqueles momentos em que você começa a reavaliar todas as suas escolhas de vida enquanto escuta uma música da Elis Regina. E claro, a voz de Gullar ressoa como um eco entre lembranças esquecidas, transformando a simplicidade do cotidiano em alta poesia.
Olha, se você achou que poesia era só para quem conhece os sonetos de cor, este livro é uma prova de que até a sujeira pode se transformar em arte. Ferreira Gullar nos presenteia com um empreendimento sensível, um manifesto sobre a busca da liberdade e da verdade, além de uma crítica social que continua atual (ainda bem que a gente não esquece tão fácil). Em resumo, "Poema sujo" é um convite ao mergulho nas profundezas do ser humano, sem filtro e sem medo de se sujar no processo!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.