Resumo de Fluam, minhas lágrimas, disse o policial, de Philip K. Dick
Mergulhe na trama de 'Fluam, minhas lágrimas, disse o policial' e descubra como a busca pela identidade se entrelaça com a ficção científica de Philip K. Dick.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Se você chegou até aqui, provavelmente quer entender um pouco sobre Fluam, minhas lágrimas, disse o policial, do nosso querido e excêntrico Philip K. Dick. Prepare-se para uma navegação nos mares tempestuosos da ficção científica, onde a realidade e a sanidade são tão instáveis quanto um copo d'água em um ônibus lotado.
A história começa com o protagonista, um cantor pop chamado Jason Taverner, que tem tudo que um astro poderia querer: fama, fortuna e uma quantidade de fãs disposta a puxar seu saco até o último fio de cabelo. No entanto, em uma reviravolta que só poderia ser escrita por Dick, nosso cantor acorda um dia e tchan tchan tchan... ninguém o reconhece! Isso mesmo, é como se ele tivesse se transformado de ídolo em invisível em um piscar de olhos. Se você já perdeu a sua identidade em uma festa, imagine isso de forma dramaticamente sci-fi!
A partir daí, Taverner se vê numa situação digna de filme de terror psicológico, cercado por policiais insanos que parecem ter assistido a todas as temporadas de "Law & Order" e ainda assim não entenderam nada. Ele se depara com um mundo onde a sociedade é dividida, e as pessoas são controladas por um governo que faz o Big Brother parecer um amigo da vizinhança. Tem até uma figura chamada Rachael, que é uma detetive envolvida na situação e, claro, Taverner acaba se apaixonando por ela. Ah, o amor em tempos de tirania!
O buraco é mais embaixo: enquanto Jason tenta desesperadamente entender o que aconteceu com sua popularidade súbita e, para sua desgraça, seu status de "filho da mãe", ele se vê em uma trama complexa envolvendo clones, mecanismos de controle mental e uma dose generosa de crítica social. O autor não economiza em mostrar como o mundo é uma bolha onde filmes de ficção científica se tornam realidade, e a linha entre sanidade e loucura é mais fina que o fio de cabelo do Taverner.
Spoilers à vista: A história culmina em um desfecho que faz você questionar sua própria realidade. A pergunta que fica é: quem somos nós quando a nossa identidade é subtraída? A resposta? Bem, é melhor você mesmo ler o livro e se ferir um pouco com isso.
Em meio a tudo isso, Fluam, minhas lágrimas, disse o policial é uma obra que transcende a simples leitura de ficção. Dick consegue metaforizar questões como a busca por identidade e a solidão do indivíduo numa sociedade alienante de uma forma que, mesmo em meio a tudo, ainda nos faz rir às custas de nossos próprios carmas.
Por isso, se você está buscando um passeio pelo lado mais angustiante da ficção científica, essa obra é como um convite para um piquenique em um cemitério. Divirta-se, mas prepare-se para levar algumas reflexões pesadas na sua cesta!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.