Resumo de Utopia, de Thomas More
Explore a crítica social e filosófica de Thomas More em 'Utopia', onde a perfeição é apenas um sonho. Entenda a essência dessa ilha ideal.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Ah, Utopia, essa obra clássica que pode ser resumida como a fantasia de um lugar onde tudo é perfeito, mas que, para a nossa sorte ou azar, não existe! Escrito por Thomas More no longínquo século XVI, este livro é a combinação perfeita de filosofia e uma crítica social disfarçada de viagem. Fique tranquilo, não terá spoilers aqui, já que não estamos falando de um thriller.
A narrativa é apresentada sob a forma de um diálogo. More, como bons amigos que trocam ideias em um bar, conversa com várias pessoas, entre elas um viajante chamado Raphaël Hythloday, que retorna de uma ilha chamada Utopia. E, sim, você acertou! O nome da ilha já entrega o jogo: "utopia" na tradução literal significa "não lugar". Isso já deveria ser um sinal de que as coisas não são bem por onde estamos esperando...
Hythloday começa sua descrição de Utopia - essa ilha que faz a maioria dos nossos sonhos socialistas parecerem um subúrbio qualquer. Lá, não tem propriedade privada (nada de madame das campanhas eleitorais pedindo seu voto) e a comunidade se organiza assim: "Eu faço o que eu quero, e você faz o que você quer, desde que isso não afete o que eu quero". As pessoas trabalham, claro, mas em um sistema de turnos. Sério, quem não gostaria de ter uma folguinha para, sei lá, fazer nada e ainda receber por isso?
Além disso, a educação é um direito sagrado, e os cidadãos são incentivados a estudar e a discutir sobre qualquer coisa menos futebol (brincadeirinha!). A religião é bem plural e aceita várias crenças, desde que ninguém saia queimando hereges em praça pública - uma ótima maneira de evitar discussões acaloradas na mesa de jantar.
Mas calma, que nem tudo é um mar de rosas! Utopianos têm algumas regras bem rígidas. Por exemplo: nada de ostentação! A roupa é básica, e os visuais são diplomáticos (o que é um alívio para quem já teve um dia de cabelo bagunçado). Também não existe dinheiro, o que faz com que os trotes da escola de finanças fiquem sem sentido.
Com toda essa perfeição, não é surpresa que a ilha de Utopia seja uma utopia, não é? More estava na verdade lambendo as feridas do mundo do século XVI e mostrando que esse paraíso ideal estava mais para um sonho impossível. Ele critica as desigualdades sociais da época, a corrupção e os problemas políticos, como se estivesse dando um tapa na cara dos poderosos da sua época (na verdade, ele fez isso com classe, escrevendo um livro).
E se você acha que Hythloday voltou de lá com dicas para aplicar essa vida perfeita no mundo real, sinto muito: ele é mais como aquele primo que viajou e só fala sobre a viagem, mas não traz nada de útil para a mesa do almoço de domingo. Ele até sugere que quem vive em Utopia poderia ajudar a mudar a Europa. Spoiler: não deu muito certo.
No fim das contas, Utopia é uma análise ácida sobre a sociedade e uma crítica ao que podemos chamar de era da razão. Se você estiver pronto para uma viagem por um mundo que poderia ser melhor - mas que na verdade é só uma boa e velha utopia - então pegue este livro e se divirta com as ideias do velho More. Afinal, quem não gostaria de uma ilha onde não há dívidas e todos podem estudar o tempo todo? Sofrer fazendo conta de luz não está incluso!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.