Resumo de Esaú e Jacó, de Machado de Assis
Mergulhe na rivalidade cômica entre Esaú e Jacó, de Machado de Assis. Descubra como amor e ironia se entrelaçam nesta crítica social do século XIX.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Se você está prestes a embarcar na leitura de Esaú e Jacó, de Machado de Assis, prepare-se para um passeio pela vida de duas figuras que poderiam muito bem ser os irmãos mais briguentos da literatura brasileira. Com um título que remete a um embate bíblico, essa obra revela a eterna rivalidade e a complexidade dos laços familiares, tudo isso recheado com as doses características de ironia e crítica social que só o nosso querido Machado sabe fazer.
Tudo começa com uma apresentação dos irmãos, Esaú e Jacó, que são mais diferentes do que água e óleo, ou melhor, mais como o pão e o queijo - um é tudo que adocica, o outro é a parte salgada da vida, e nenhum deles parece estar disposto a ceder. Esaú é o doidão, o ser humano que não se importa muito com as regras, enquanto Jacó é o típico "bom moço", aquele que cuspiu na sério da moral da época. Eles se colocam em um embate em diversos níveis, desde a vida pessoal até as questões de amor, tudo isso com um pano de fundo que critica a sociedade brasileira do século XIX.
Enquanto a trama se desenrola, vamos conhecendo também Victória, a moça que se torna o pivô na disputa de quem é mais legal - ou seja, quem vai conquistar o coração dela. E se você acha que isso é uma simples história de amor, é melhor desencanar, aqui nada é tão simples assim. Victória vai de um irmão para o outro, durante um bom tempo, jogando a rivalidade entre eles lá em cima, com direito a disputas que beiram o cômico.
Agora, vamos aos spoilers! (Se não quiser saber, é melhor parar por aqui!) A coisa vai ficando cada vez mais tensa quando, após muitas peripécias, essa história de rivalidade acaba levando a uma rixa que é só amor e raiva ao mesmo tempo. Depois de uma série de jogadinhas e mal-entendidos - que poderiam facilmente ser mais bem resolvidos em uma boa discussão em família - o final vai se desenhar de forma bastante crítica. Aqui, Machado dá um tapa com luva de pelica na ideia de que o amor sempre vence, mostrando que às vezes ele pode deixar um rastro de destruição.
Além do conflito dos irmãos, não podemos esquecer das figuras caricatas que compõem o cenário: amigos, amantes e até mesmo os intrigantes pais dos protagonistas, que parecem mais perplexos do que qualquer outra coisa ao redor das travessuras de Esaú e Jacó.
Através desta narrativa recheada de humor, ironia e um toque de tristeza, Esaú e Jacó nos brinda com reflexões sobre a natureza humana, as relações familiares e, claro, a inevitável rivalidade que pode surgir em qualquer laço de sangue. No final das contas, o que fica na cabeça é que, independente de ser esse ou aquele, o que importa mesmo é o espetáculo que a vida nos proporciona e como as rivalidades, por mais intensas que sejam, podem se tornar um grande show de comédia. E assim seguimos, unindo força e fraqueza, amor e ódio, como bons protagonistas em busca do nosso próprio espaço nesse mundão.
E aí, pronto para arriscar suas emoções com esses irmãos? É uma viagem que pode te deixar com um sorriso ou uma cara de quem acabou de comer limão. Boa leitura!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.