Resumo de A Estrada, de Cormac McCarthy
Prepare-se para explorar o sombrio universo de A Estrada, onde amor e desolação se entrelaçam em uma jornada emocionante de pai e filho.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Prepare-se para um passeio por um mundo pós-apocalíptico onde a cor verde é apenas uma lembrança distante e a comida é um luxo que poucos podem se dar. A Estrada, de Cormac McCarthy, é o tipo de leitura que faz você considerar seriamente o que colocaria em sua mala de viagem, caso um apocalipse zumbi (ou apocalipse de qualquer outro tipo) acontecesse hoje. Spoiler: poucos livros são tão sombrios e perturbadores, mas belos em sua tristeza.
A história gira em torno de um pai e seu filho, que estão em uma jornada desesperadora através de um mundo devastado. Imagine um passeio em família que deu completamente errado. Tudo é cinza, a comida é escassa e os humanos não são exatamente conhecidos pela sua hospitalidade - a maioria deles é meio que canibal. O pai e o filho, que não têm nomes (porque, claro, quem tem tempo para isso quando o mundo está acabando?), vão tentando sobreviver em meio a esse cenário caótico.
O que podemos resume sobre os dois? Eles são os heróis mais improváveis que você poderia encontrar. O pai, um cara que está fazendo o seu melhor para não se transformar em uma das refeições de canibais, e o filho, que ainda acredita na bondade humana e quer que o pai mantenha a esperança acesa. Isso mesmo! Temos um drama familiar cruel em um desfecho onde a esperança é a última que morre, mas que está quase se espremendo ao ponto de desaparecer.
Durante a travessia, eles têm encontros com muitos tipos de horrores: além de humanos em estado de fome, eles enfrentam animais mutantes e um clima que já não é mais o que se pode chamar de "agradável". Cada dia é um novo desafio - de "onde vamos encontrar comida?" a "será que esta é a última vez que vamos ver um pôr do sol?" E, para apimentar um pouco, temos constantes lembranças do passado, que aparecem como fantasmas amedrontadores, lembrando ao leitor que havia um mundo antes do apocalipse e isso deixa até a melhor das mães depressivas.
E, como toda boa jornada de pai e filho no meio da devastação, temos diálogos que são um verdadeiro espetáculo à parte. A interação deles é crua, honesta e cheia de amor - o que dá uma sensação de "ah, ainda há alguma bondade neste mundo". No entanto, também faz você questionar se o amor é suficiente para sobreviver em um lugar onde até as cores foram devoradas.
Spoiler alert! No final, a viagem de pai e filho chega a um clímax que não é exatamente um final feliz, mas é surpreendentemente esperançoso. O pai, com a saúde em deterioração e a fé quase perdida, reflete o tema principal da obra: o amor e o desejo de proteger quem amamos, mesmo em meio à desolação. É aqui que McCarthy acaba nos fazendo repensar o que realmente temos de valor.
Em resumo, A Estrada é a combinação perfeita de tragédia e beleza que faz você rir de nervoso e chorar de tristeza. É uma apresentação do que poderia ser a extinção da humanidade e, ao mesmo tempo, um forte lembrete do que significa ser humano. Se você estiver preparado para a montanha-russa emocional que é ler essa obra, avance com cuidado e um lanchinho na mão, pois você vai precisar.
E lembre-se: se você sentir que sua vida está uma bagunça, pelo menos não está tão bagunçada quanto a estrada que McCarthy nos apresenta!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.