Resumo de A jangada de pedra, de José Saramago
Em 'A jangada de pedra', Saramago provoca reflexões sobre identidade e a relação entre Portugal e Espanha. Navegue por essa viagem literária!
domingo, 17 de novembro de 2024
Em A jangada de pedra, nosso querido e inconfundível José Saramago resolveu dar uma chacoalhada na geografia. O que fazer quando a Península Ibérica se desprende do continente e decide dar uma volta pelo Atlântico? Sim, você leu certo! O autor não apenas apontou o dedo para a lógica da vida, mas também decidiu que a Espanha e Portugal mereciam um tempo longe da Eurásia. E aí começa a festa!
A trama envolve um grupo bem diversificado de personagens, que vão desde uma mulher que trabalha em um hotel, um poeta, até um vendedor de amuletos (sabe aquela combinação bem comum?). Eles são um bocado de gente, mas o que todos têm em comum é que, de repente, se veem em uma jangada (ou melhor, uma jangada de pedra) navegando pela imensidão do mar. Imagine a cena: um bando de malucos flutuando na maior tranquilidade, enquanto o mundo (ou o que sobrou dele) continua lá fora, sem saber o que fazer com isso.
No início, estamos todos em choque. Como assim uma jangada de pedra? Não, não estamos falando de um novo reality show de sobrevivência - a narrativa vai além disso, sim, e não é para menos. Saramago usa esse cenário improvável para explorar temas como a identidade, a história e, claro, a conexão entre as nações ibéricas. E não, ele não está só criando vários núcleos de drama; está, na verdade, fazendo uma crítica bem afiada sobre os problemas políticos e sociais que permeiam essas terras.
Logo, os protagonistas começam a se questionar sobre o que é ser português ou espanhol em um mundo que agora os vê como "fossem" parte de uma jangada gigantesca e flutuante. O autor, com seu estilo inconfundível de longas frases e diálogos que se entrelaçam, desafia o leitor a refletir sobre o que une e divide as pessoas. Será que a jangada é uma metáfora para a vida? Ou seria um grande trocadilho para a "solidão em alto mar"?
Spoiler alert: no final, a jangada acaba mudando de rota (que viagem!) e deixa o leitor com um gostinho de "e agora, José?". O que resta na mente é um questionamento existencial e aquela vontade de dar um rolê pelo mundo. Saramago nos deixa com a certeza de que tudo poderia ser diferente, se apenas tivéssemos coragem de nos desprender das amarras e navegar em nossas próprias jangadas.
E aí, ficou com vontade de explorar o mar das ideias de Saramago? Pois saiba que em A jangada de pedra não há passagem de volta. Você está convidado para essa viagem literária que, com certeza, vai fazer você pensar... ou ao menos rir da nossa situação geográfica. Prepare-se para uma leitura que não só desconstrói um pouco da realidade, mas também nos provoca a repensar as relações que construímos, não importa aonde estamos.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.