Resumo de Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa
Mergulhe na rica narrativa de Grande Sertão: Veredas, onde amor, poder e conflitos existenciais se entrelaçam no sertão brasileiro. Uma viagem literária intensa!
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Imagine um lugar que é quase um personagem: o sertão brasileiro, com suas secas, seus rios escondidos e uma fauna que parece mais uma obra de arte surrealista. Grande Sertão: Veredas é a obra-prima, quase um poema em prosa, de João Guimarães Rosa, que leva o leitor a mergulhar em uma narrativa tão rica quanto um café da tarde de mãe. Mas, atenção: esse não é um café qualquer, é um café com um toque de filosofia e muitas doses de conflitos existenciais.
A história gira em torno de Riobaldo, um ex-jagunço que resolveu contar suas desventuras em busca de amor, poder e, claro, "comandar os homens". Tudo começa quando ele se depara com a figura enigmática de Diadorim, que é um "trem" que faz o coração do nosso protagonista bater mais forte do que uma sanfona desafinada. Spoiler alert: essa relação é tão complexa que, se fosse uma série, seria daquelas que faz você lançar um grito em cada episódio.
À medida que Riobaldo narra suas memórias, viajamos por um sertão que é tão vasto quanto a própria imaginação do autor. As veredas são caminhos intrincados que simbolizam as bifurcações da vida, onde as decisões do personagem vão moldando seu destino. E aqui está a primeira lição: a vida no sertão é mais complicada que entender a letra de uma música de rock progressivo!
E não é só isso! O romance também aborda a guerra entre jagunços, uma espécie de Game of Thrones na poeira do sertão. Temos Duas Bandeiras - de um lado, temos os que querem manter a honra e a terra; do outro, aqueles que estão dispostos a qualquer coisa em nome do poder. É um verdadeiro "quem ri por último", mas com muito mais tiros e poeira no meio.
Mas na verdade, o grande conflito não é só entre jagunços, mas entre o bem e o mal, numa visão muito singular de Rosa, que parece dizer: "Ei, tudo é uma questão de perspectiva". Riobaldo, em suas reflexões, questiona tudo: o amor, a morte, o destino. Ele quer saber se "a vida é um trem que se faz, se vai". E talvez você já tenha se perguntado isso também na fila do banco.
E claro, temos a presença quase mística do diabo como figura importante na narrativa. Riobaldo passa por várias situações onde se vê disputando sua alma com essa entidade. No fundo, ele nos faz perguntar: "O que eu preciso fazer para ter uma boa conversa com esse cara, ou melhor, que diabo de vida eu quero levar?" Afinal, essa é uma escolha que todos nós temos que fazer em algum momento.
Ao final da obra, Riobaldo nos revela não apenas seu amor por Diadorim, mas também nos deixa com um gostinho de "e agora, José?". A questão do amor é tão intensa e complexa que chega a ser quase mítica.
Grande sertão: veredas é um convite a se perder na dúvida, na terra e na poeticidade que há em cada pedra desse sertão. Prepare-se para embarcar numa viagem literária que vai muito além da simples narrativa - uma verdadeira montanha-russa de sentimentos e questionamentos existenciais. Se você procura uma leitura fácil para devorar em um final de semana, cuidado: você pode se perder nas entrelinhas e sair mais pensativo do que entrou. Boa sorte!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.