Resumo de As feras, de Roberto Arlt
Explore a profunda crítica social de 'As feras' de Roberto Arlt, onde a solidão e o desespero ganham vida nas ruas de Buenos Aires.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Se você acha que a vida é feita de flores e sorrisos, é melhor dar uma lida em As feras, porque Roberto Arlt não tá aqui pra brincadeira! O livro, um dos marcos do autor, nos apresenta um panorama urbano recheado de personagens tão tortos quanto as ruas de Buenos Aires. Venha comigo nessa viagem repleta de amores fracassados, solidão e, claro, várias feras humanas, que não são exatamente os gatinhos do Instagram!
Em As feras, Arlt traz à tona a vida de um sujeito chamado "Nemo" - e cá entre nós, apesar do nome, ele não é um peixinho feliz em um mundo subaquático. Nemo está mais para um naufrago emocional, vagando pelas ruas da cidade como um zumbi sem destino. O cara é um exemplo de personificação da desesperança, repleto de frustrações e aquele clichê da busca incessante por um sentido na vida. Spoiler: ele não encontra, mas quem encontra em Buenos Aires, não é mesmo?
Uma das principais características dessa obra é o realismo brutal que Arlt emprega. Ele narra as desaventuras de Nemo e seus encontros com outros personagens excêntricos, como prostitutas, mendigos e artistas fracassados. Ufa! Parece até que ele fez um checklist de tudo que dá errado na vida e decidiu escrever um romance sobre isso. E o que acontece quando esses próprios "animais" se encontram? Um baita conflito, que é a marca registrada do autor.
A narrativa flui entre diálogos ágeis e introspecções profundas - quase um diário de um gótico rabugento. Através de Nemo, Arlt conversa sobre a opressão social e a loucura que perpassa a vida cotidiana, apesar dos milênios que se passaram desde que o livro foi escrito. E, claro, essa ferocidade dos personagens é um grito de revolta contra a sociedade, uma crítica feroz em cada página. Sabe aqueles memes de "escapar da sociedade"? Aqui, a fuga é real.
Os temas da alienação e da solidão são tratados com uma profundidade que faz você se sentir como se estivesse assistindo a um filme depressivo - mas, de certa forma, você ainda dá risada de tão trágico que é. A fofura está LONGE de ser o apelido dessa obra!
E, se você está pensando que as feras são apenas os personagens, engana-se. A cidade de Buenos Aires também é uma fera, atacando e devorando os sonhos de seus habitantes. É um retrato cravado e espinhento, onde os personagens se confrontam com suas próprias feras internas e com o letal cotidiano.
Portanto, ao abrir As feras, esteja preparado para encarar os monstros que habitam a psique humana e que já visitaram você em algum momento - como aquelas pessoas que ficam comendo a sua paciência nos ônibus lotados. Spoiler alert: a vida não dá tchauzinho e nem sempre termina feliz. Ao final, a esperança é uma ferinha triste que aparece, mas rapidamente volta a se esconder.
No fim das contas, As feras é uma ode ao desespero e à loucura, uma verdadeira crítica social disfarçada de contar histórias. Uma leitura essencial para quem gosta de explorar as sombras da humanidade e rir (ou chorar) do que encontra por lá!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.