Resumo de Ethiope Resgatado, Empenhado, Sustendado, Corregido, Instruido, e Libertado: Discurso Theologico-Juridico, em Que se Propoem o Modo de Comerciar, ... Cativos Africanos, e As Principa
Resumo de Ethiope Resgatado, Empenhado, Sustendado, Corregido, Instruido, e Libertado: Discurso Theologico-Juridico, em Que se Propoem o Modo de Comerciar, ... Cativos Africanos, e As Principaes Obriga, de Manoel Ribeiro Rocha
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Se você achou que o título desse livro é uma maratona de palavras, saiba que Ethiope Resgatado, Empenhado, Sustendado, Corregido, Instruido, e Libertado é um verdadeiro épico de vontades - e não só de títulos. Escrito por Manoel Ribeiro Rocha, essa obra é como uma mistura de discurso teológico e jurídico, acompanhado de um guião prático sobre como o comércio de cativos africanos poderia (ou deveria) ser conduzido. Aperte os cintos, porque vamos mergulhar em um mundo que mistura moralidade e práticas comerciais com um toque fervoroso de retórica!
Arrancando de uma época em que a escravidão não era apenas uma prática comum, mas quase uma ciência, o autor se propõe a discutir não só a ética (ou falta dela) por trás do comércio de cativos, mas também as obrigações e responsabilidades dos envolvidos nesse processo. Ou seja, se a escravidão fosse uma festa, Rocha está tentando garantir que todos os convidados soubessem como dançar.
Agora vem o spoiler da época: as práticas discutidas não eram exatamente amigáveis e muito menos humanas. O livro trata de como os africanos eram tratados - ou maltratados - e o que os comerciantes e compradores deveriam considerar (ou ignorar) ao lidar com seres humanos, como se fossem mercadorias. Sim, a coisa tem um toque de surrealismo que faz até o Kafka parecer criança.
Dividindo seu discurso em partes, Rocha faz um apanhado sobre a situação dos negros na sociedade da época, as justificativas religiosas para a escravidão (só porque, aparentemente, Deus também se importava com questões de mercado) e as nuances legais que ainda eram ignoradas pela maioria dos comerciantes. Temas como "dignidade", "direito" e "responsabilidade" aparecem aqui, quase como se Rocha estivesse tentando colocar uma cereja em um bolo de frutas podres.
O autor apresenta uma série de propostas para melhorar a situação dos cativos, mas não se engane: isso não significa que a escravidão era uma boa ideia - o que ele faz é tentar embelezar um abacaxi bem malcheiroso. Ele sugere que o resgate, a educação e a liberação dos africanos seriam a chave para um comércio mais ético. É como colocar um laço em uma caixa de bombons que, no fundo, é só um punhado de carniça. Elegante, mas problemática.
Com sutilezas de um verdadeiro advogado moral, Rocha discorre sobre as "principais obrigações" que devem ser seguidas na prática do comércio e a maneira correta de "sustentar" um cativo, o que em suas palavras envolve tanto a proteção da saúde quanto a preservação da dignidade dos indivíduos - uma jogada e tanto, considerando o contexto!
Resumindo, Ethiope Resgatado... é uma obra que mistura teologia, direito e comércio em um só pacote, e que, apesar de suas intenções éticas, merece ser lida com um olhar crítico e uma pitada de humor: a certeza de que o ser humano pode ser tanto criador de soluções como um verdadeiro criador de problemas! Prepare-se para uma leitura que fará você refletir sobre a moralidade das ações e as justificativas absurdas que já foram aceitas em nome do progresso e do lucro.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.