Resumo de A invenção de Copacabana: Culturas urbanas e estilos de vida no Rio de Janeiro (1890-1940), de Julia Donnell
Explore como a modernização moldou Copacabana entre 1890 e 1940, revelando estilos de vida e a cultura carioca com leveza e humor.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Se você sempre se perguntou como Copacabana se tornou aquele point turístico lotado de gringos e cariocas se esbaldando nas areias, A Invenção de Copacabana é seu novo melhor amigo. Neste estudo sociológico, Julia Donnell faz uma viagem pela história do famoso bairro carioca entre 1890 e 1940, recheada de curiosidades que vão deixar você se perguntando: "Por que eu não comprei um apartamento lá antes de ficar famoso?" Ou "onde estão as palmeiras que me prometeram?"
A autora começa nos apresentando a um Rio de Janeiro em transição, onde a modernização estava a todo vapor. Imagina só: carros, bondes, e a ideia de um espaço urbano que atraía a elite em busca de um lugar fashion e com vistas, porque convenhamos, quem não queria um quiosque de mate e um bom "olha o vendedor de chapéu"? A invenção de Copacabana, segundo Donnell, não foi só física, mas um verdadeiro charme que começou a se espalhar na sociedade, quase como um meme da época.
A autora detalha como várias culturas urbanas começaram a se estabelecer, trazendo novas ideias, estilos de vida e aquele glamour que só o carioca sabe montar. O período é descrito, a partir de uma comparação entusiasmada entre o velho e o novo, onde os cabarés e os bailes de Carnaval ganham espaço nas páginas do livro, elevando o nível da folia para outra dimensão - quem disse que os cariocas não sabiam como aproveitar a vida?
Entretanto, Donnell não fica apenas nas festas. Ela também define o estilo de vida que surgia - cada movimento, cada moda, cada forma de socialização parece surgir ali, em um caldeirão efervescente de novas ideias. Ah, o espírito de Copacabana!, onde o clima é sempre, inegavelmente, de festa. Sem contar que se você não tiver uma foto na beira da praia lá em 1940, nem vale a pena mostrar que "já fui naquelas areias".
A desmistificação do que era ser carioca, nos intervalos entre uma caipirinha e outra, é também um ponto forte do livro. Vemos as tensões entre as classes sociais, que fazem o show todo ser um pouco mais dramático. Será que o moço da fantasia na festinha de Carnival realmente era feliz naquele arranjo? É uma pergunta que Donnell vai mapeando, como quem filma um clipe de samba em câmera lenta.
A obra também se detém a discutir os discursos sociais sobre classes, gênero e raça, porque, vamos combinar, Copacabana não é só praia e sol. Também é uma ideologia que foi construída com muito suor, e Donnell faz questão de dar voz a essas nuances sem deixar que a areia as encubra. É quase como se estivéssemos em uma roda de samba, e ela estivesse puxando as melhores histórias.
Se você está à procura de um livro que vai te tirar da praia da monotonia, A invenção de Copacabana é a escolha certa! A leitura é uma passeada leve entre a história, o lazer e a cultura, sempre num tom bem-humorado. Mas fique tranquilo, nada de spoilers. Você vai perceber que conhecer a história de Copacabana é quase tão essencial quanto saber como pedir um mate gelado na praia!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.