Resumo de Lira dos 20 Anos, de Álvares de Azevedo
Mergulhe na melancolia poética de 'Lira dos 20 Anos', de Álvares de Azevedo, uma reflexão intensa sobre amor, morte e a efemeridade da juventude.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Ah, Lira dos 20 Anos! Se você está buscando um passeio pelo romântico universo poético de Álvares de Azevedo, prepare-se para mergulhar em uma montanha-russa de emoções (spoiler: a maioria das emoções é de melancolia e desilusão). Publicada com o glamour que apenas um jovem poeta de óculos e capa de chuva poderia ter, esta obra é praticamente o diário mais poético do século XIX, numa combinação deliciosa de amor, morte e, claro, muito, mas muito tédio existencial.
O livro é uma coletânea de poemas que nos revela a alma atormentada de um jovem que ainda não sabe se prefere a vida ou a morte, mas definitivamente rejeita a ideia de um tédio monótono que o afaste das musas! Azevedo, com seu espírito boêmio e seu coração caprichoso, nos presenteia com uma linguagem rica, cheia de metáforas e simbolismos, fazendo com que mesmo os temas mais sombrios pareçam interessantes (ou pelo menos bem rimados).
Os poemas que compõem a obra estão perfeitamente divididos entre temas do amor platônico e dos "afinal, pra que viver?" Azevedo parece ter dois modos: barroco e melancólico, e ele gira entre eles como quem está numa dança apocalíptica. Aqui, uma ode ao amor que não foi correspondido, ali um lamento pela juventude que se esvai. O jovem poeta se iguala a muitos de nós: acaba choramingando por corações partidos e vidas não vividas, enquanto tenta descobrir se a vida é uma festa ou uma tortura.
Um dos pontos altos da obra é a sua reflexão sobre a morte. Ah, a morte! A grande musa para muitos poetas (e cá entre nós, o verdadeiro amor de Azevedo). Ele parece ter um relacionamento íntimo com essa ideia, refletindo sobre o que seria a vida sem a doce promessa do fim. Se existe uma conclusão válida que você pode tirar de Lira dos 20 Anos, é que viver é um esforço, e o poeta está mais inclinado a tirar um cochilo no sofá do que tentar desvendar os mistérios do mundo.
Um detalhe interessante: há citações frequentes sobre os próprios sonhos do poeta, que invariavelmente têm um gosto amargo de derrotas e arbustos de rosas que nunca florescerão. Afinal, por que não escrever sobre os desejos não concretizados, né? E se você é fã do "plano B" das letras, Azevedo também nos brinda com descrições da efemeridade da beleza e da natureza - uma verdadeira ode ao entusiasmo juvenil que logo dará lugar à nostalgia. Um verdadeiro dilema existencial na forma de sonetos!
Para os incautos que pensam que Lira dos 20 Anos é só um amontoado de poemas sobre amor e morte, muito enganados estão! O jovem Azevedo também faz questão de debater a vida social da época, e, quem diria, só ele mesmo consegue fazer isso parecer encantadoramente trágico. Os poemas têm um toque de crítica social, ideal para aquele leitor que gosta de um tempero extra em sua literatura.
Se você procurar por finais felizes ou enredos que achem as respostas da vida, Lira dos 20 Anos pode não ser sua melhor companhia. Mas, se estiver em busca de um apanhado poético que capture a essência de um jovem sonhador lutando contra a maré da banalidade, esta obra é um clássico absoluto (e extremamente depressivo, é verdade).
Famoso por sua intensidade emocional, Álvares de Azevedo nos deixa um legado de reflexões sobre a juventude e a efemeridade da vida que, mesmo cem anos depois, ainda ressoam entre aqueles que têm combatido e dançado nos labirintos do amor. Então, se você quiser dar umas risadas amargas ou um choro de empatia, não deixe de se aprofundar nesta lira - e, se precisar de um lencinho para as lágrimas, melhor garantir um!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.