Resumo de Psicanálise e teoria literária: o tempo lógico e as rodas da escritura e da leitura, de Philippe Willemart
Mergulhe nas complexas relações entre psicanálise e literatura com Philippe Willemart, revelando como a leitura pode ser um espelho da psique humana.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
A obra "Psicanálise e teoria literária: o tempo lógico e as rodas da escritura e da leitura", do autor Philippe Willemart, é como um delicioso café com um toque de psicologia: você toma um gole e já sente a cabeça a mil, questionando a própria existência. Aqui, Willemart nos convida a dar um passeio pelas intrincadas relações entre a psicanálise e a literatura, como se estivesse nos levando pelo labirinto de uma obra de Kafka.
O autor propõe que a psicanálise, essa amigona que tenta desvendá-lo tudo - quem somos, por que fazemos o que fazemos e por que sonhamos com escorpiões em cima de pizza -, pode iluminar a obra literária de formas que talvez nem o maior fã de Dostoiévski tenha pensado. Para isso, Willemart introduz o conceito de tempo lógico, que desafia a sua compreensão de tempo como um mero cronômetro. Este tempo lógico é sobre como a narrativa se desenvolve e as relações entre os eventos, como uma pista de dança onde cada personagem tem seu próprio ritmo e coreografia.
Durante as mais de duzentas páginas, somos apresentados a algo que pode parecer uma confusão, mas acaba se desenrolando como um tango bem ensaiado: as "rodas da escritura e da leitura". Imagine isso como um ciclo interminável onde a escrita gera a leitura e vice-versa, como um hamster correndo na roda da vida literária. A leitura não é só consumir palavras; é uma experiência psíquica que reverbera em nossos próprios desejos e conflitos. É como se a história pegasse na sua mão e dissesse: "Vem, vamos investigar seus traumas infantis juntos!"
Willemart também faz referências a teóricos fundamentais da psicanálise e da literatura, como Freud e Lacan, e a maneira como eles influenciaram e foram influenciados pelos textos literários. O autor assume um tom arqueológico ao escavar essas influências, mostrando como a literatura não apenas reflete as vulnerabilidades humanas, mas também as alimenta. Ele destaca que a literatura serve de espelho às nossas emoções mais profundas, como se a leitura fosse uma sessão de terapia gratuita (ou quase).
Ao longo da leitura, o autor discute a relação entre escrita e subjetividade, sugerindo que, quando escrevemos, estamos em um diálogo intenso (e, às vezes, meio maluco) com o nosso próprio inconsciente. Assim, cada texto se torna um campo de batalha onde as identidades se constroem, desconstruem e, se você tiver sorte, no final da guerra, elas ainda cabem no sofá.
E aqui vêm os spoilers: Willemart não dá muitas respostas definitivas, preferindo mais instigar você a fazer perguntas. A cada capítulo, ele nos empurra para o abismo do desconhecido, onde o que você achava que era a resposta pode se transformar em mais perguntas. Afinal, quem precisa de conforto na leitura quando você pode sair dela se sentindo um pouco mais confuso e um pouco mais iluminado, como se tivesse assistido a um filme de David Lynch?
Em resumo, "Psicanálise e teoria literária" é uma reflexão profunda (e um tantinho divertida) sobre como a psique humana interage com a literatura, revelando que, muitas vezes, a leitura pode ser mais sobre nós do que sobre o próprio texto. Portanto, prepare-se para sair dessa leitura com mais questionamentos do que respostas, mas com certeza mais rico em interpretações!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.