Resumo de A Síndrome de Babel e a disputa do poder global, de José Luís Fiori
Mergulhe na análise provocativa de Fiori sobre a geopolítica e a síndrome de Babel. Entenda como as potências disputam o poder global com humor e crítica.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Preparem-se, mortal, para uma viagem pelos labirintos da política, das relações internacionais e daquela síndrome que faz você querer traduzir tudo ao mesmo tempo: A Síndrome de Babel e a disputa do poder global, do renomado José Luís Fiori. Esta obra não faz exatamente uma análise de como o nosso amigo Pedro pode se comunicar com os amigos da Torre de Babel (porque, vamos ser sinceros, ele já levaria um belíssimo "perdeu a noção" de tanto que confundiria as línguas), mas sim um panorama sobre como as potências globais se enfrentam, enquanto nós, meros mortais, tentamos entender como a geopolítica afeta o nosso dia a dia.
Fiori inicia sua narrativa traçando um cenário em que a disputa pelo poder global é marcada por um amontoado de interesses e relações intrincadas, onde os países se comportam como crianças no parquinho: um puxando o brinquedo do outro e tentando ocupar o espaço que não é seu. A metáfora da Babel aparece por aqui ludicamente, enquanto o autor justapõe o frágil diálogo entre nações à confusão de línguas que marca a antiga história bíblica. Basicamente, todos se gritam em idiomas que nenhum dos lados entende e quem sai perdendo com isso somos nós e nossa tentativa de entender o que está acontecendo no mundo!
O autor discute, então, os efeitos da globalização e do surgimento de novos atores no palco internacional, trazendo para o debate temáticas como a ascensão da China (que está aqui para tirar a soneca do Ocidente), a resistência de potências tradicionais e os papéis mais discretos, mas igualmente importantes, que países em desenvolvimento jogam nesse jogo de xadrez geopolítico. A verdade é que a disputa não é só entre as grandes potências, mas também entre os que buscam se firmar no cenário mundial, o que faz com que a guerra fria de ideias esteja em constante ebulição.
Uma das partes mais interessantes, e que pode causar algumas crises de risada ao leitor, é quando Fiori menciona as estratégias utilizadas por esses países para tentar se superar. Em vez de um jogo de xadrez com jogadas elegantes, mais se assemelha a uma batalha de esgrima em que ninguém consegue acertar a estocada, mas todo mundo gosta do drama e do suspense do embate! Ficamos com a impressão de que a cada novo dia, temos uma nova facção surgindo ou uma nova aliança se formando, como se fosse uma novela com reviravoltas constantes - e, acredite, quem está fora desse enredo fica perdidíssimo.
Ao final da obra, Fiori não se furta de dar uma perspectiva crítica em relação ao futuro das relações internacionais e nos provoca a pensar se a síndrome de Babel pode um dia ser superada. Afinal, com tantas vozes dissonantes, parece que estamos cada vez mais longe de um consenso e mais perto de um maravilhoso show de inconsistências. Afinal, quando se trata de política, quanto mais se entende, mais confuso fica!
Então, se você está sedento por um conteúdo que não só ilumina como também provoca risadas e reflexões, A Síndrome de Babel e a disputa do poder global é uma leitura irresistível. Mas fica o aviso: cuidado para não se perder no meio das línguas e dos interesses, porque esse labirinto é real e pode ser bem complicado!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.