Resumo de Em Busca do Inespecífico: Leitura de Amar, Verbo Intransitivo de Mário de Andrade (Volume 1), de Priscila Figueiredo
Mergulhe na análise de 'Em Busca do Inespecífico' e descubra como Priscila Figueiredo revela a complexidade do amor em Mário de Andrade.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Se você sempre teve a curiosidade de entender como Mário de Andrade fez o amor parecer uma atividade tão derivativa quanto uma receita de brigadeiro, Em Busca do Inespecífico é o seu bilhete premiado. Priscila Figueiredo se debruça sobre a obra Amar, Verbo Intransitivo do nosso queridíssimo modernista e faz um trabalho que não é apenas um passeio por entre as linhas do texto, mas uma verdadeira imersão nas reviravoltas do coração.
A obra começa com a introdução do enredo e de sua atmosfera. Mário, que já não é mais novidade para os amantes da literatura brasileira, nos apresenta um protagonista que quer entender o amor da forma mais confusa possível. O texto flutua entre a descrição do personagem e seus devaneios amorosos, abrindo as portas para uma análise que vai muito além do simples "ele ama, ela ama". Aqui, a Priscila fala sobre as nuances e os aspectos que formam a essência do amor intransitivo.
E, meus amigos, não podemos esquecer que amar, segundo Mário, é um verbo que dispensa complemento! O que significa que você amar alguém não precisa de um "com quem" ou um "aonde", simplesmente acontece. Então, já que estamos aqui no reino do amor sem destino, vamos aos dramas que cercam essa questão. Figueiredo aponta como todo esse amor é impregnado de complexidade e confusão, refletindo muito bem a vida real, onde o amor é como um jogo de xadrez: à primeira vista bonito e estratégico, mas na verdade uma grande fonte de estresse.
A autora, com uma perspicácia que poderia deixar mais de um crítico da literatura de queixo caído, explora a linguagem de Mário como um campo de batalha em que se duelam sentimentos, expectativas e a própria condição humana. Quem disse que o amor era simples? Figueiredo nos lembra que amar é tão intransitivo que pode sim ser um verbo de ação, mas com os pés no ar, sem saber se vai pousar ou se vai continuar flutuando.
Ao longo da leitura, a obra também reflete sobre a própria linguagem e a maneira como ela é utilizada como um aliado (ou inimigo, quando as palavras falham) na busca por esse amor. Figueiredo faz um trabalho de arqueologia literária, cavando para encontrar as relíquias dos sentimentos que Mário deixou para trás, mostrando que muitas vezes entendemos melhor o que é amar quando olhamos para o que ele não é.
Spoiler alert! Se você pensou que ao final da análise Priscila iria dizer "e viveram felizes para sempre", pode desistir. Em vez disso, ela deixa a reflexão em aberto - um espaço para que cada um preencha com seus próprios amores e desamores. A busca pelo inespecífico não termina com respostas definitivas, mas sim com mais perguntas e, quem sabe, uma pitada de autoconhecimento.
No fim das contas, Em Busca do Inespecífico de Priscila Figueiredo é mais do que uma leitura acadêmica - é um convite para desbravar a confusão, o caos e, claro, a beleza que há em amar, mesmo que de forma intransitiva. Então, se você está pronto para mergulhar nessa obra e sair dela com a cabeça fervilhando de dúvidas e insights, pegue sua xícara de café e boa leitura!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.