Resumo de Em Busca do Brasil: Edgard Roquette-Pinto e o Retrato Antropológico Brasileiro (1905-1935), de Vanderlei Sebastião de Souza
Mergulhe na análise de Vanderlei sobre Edgard Roquette-Pinto e descubra como ele retratou a cultura brasileira entre 1905 e 1935.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Se você achou que entender o Brasil era fácil, é porque ainda não conheceu Edgard Roquette-Pinto. O livro "Em Busca do Brasil" de Vanderlei Sebastião de Souza é como um manual sobre como fazer antropologia sem perder a razão - ou a paciência! Roquette-Pinto, a criatura central desse estudo, foi um dos pioneiros da antropologia no Brasil, e o autor nos guia por esse universo de relacionamentos socioculturais e as suas frustrações em um Brasil que sempre prometeu ser uma boa piada, e mesmo assim, possui algumas tragédias.
Primeiro, temos que entender que Roquette-Pinto não era só outro cientista maluco com um chapéu de explorador; ele tinha uma visão bastante crítica e inovadora sobre a cultura brasileira. Entre 1905 e 1935, ele se dedicou a capturar a essência do nosso país como quem tira fotos em um carnaval, mas com um olhar mais direcionado. Ou seja, ele não estava apenas interessado em abri conduzir "Uma Noite de Carnaval"; estava lá também para ver as sombras e as luzes que normalmente ficam perdidas na folia.
O livro de Vanderlei apresenta o contexto social e político da época, crucial para entender o pensamento de Roquette-Pinto. O autor menciona como a sociedade brasileira estava em transe e como isso impactou a maneira como ele via e retratava a cultura. Enquanto isso, o Brasil tentava se encontrar, o que resultava em uma confusão digna de um enredo de novela das nove.
Entrando na parte antropológica do assunto, Roquette-Pinto se debruçou sobre a arte, a mitologia e os costumes dos povos indígenas e afro-brasileiros, fragmentos que fazem parte do nosso cotidiano, mas que antes eram tratados como "coisas de folclore". Com isso, o cientista conseguiu ver o Brasil além do folclore, mas como um mosaico cultural que refletia a luta e a resistência dos povos que aqui habitam. O que ele fez foi como pegar diversos temperos e juntar tudo numa grande panela, resultando em uma feijoada de saber que ninguém tinha provado antes.
Agora, se você está pensando que a pesquisa de Roquette-Pinto foi toda uma festa, sinto lhe informar que ele enfrentou muitas dificuldades e preconceitos, típica terça-feira no Brasil. O autor não hesita em mostrar como o cientista enfrentou as caretas da sociedade da época e, mesmo assim, se manteve firme, como um Guerreiro de uma dimensão antropológica. Ele sabia que o Brasil não era apenas sua bela paisagem, e que deveria ser analisado com todas suas beleza e feiúra.
E enquanto você lê, é possível perceber que Vanderlei não se limita a contar a história do Roquette-Pinto, mas também faz um convite: ele nos instiga a olhar para o nosso próprio país e refletir sobre sua identidade multifacetada. Pois, vamos combinar, se existe algo que o Brasil fez bem foi ter uma identidade como a de um camaleão em festa - ora somos isso, ora somos aquilo, conforme a música toca.
Então, se você quer mergulhar em uma análise que não é exatamente um programa de auditório, mas que provavelmente renderá boas risadas e reflexões, "Em Busca do Brasil" é a pedida. E olha, se você não conhece Edgard Roquette-Pinto, prepare-se para uma verdadeira aula de história pela perspectiva de quem não estava aqui apenas para enfeitar o Brasil, mas para entendê-lo e, quem sabe, fazer com que a gente se entenda também!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.